Nos últimos três anos, a procura dos brasileiros por cafés especiais cresceu quase 70%, conforme um levantamento da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais). Além do foco nos pequenos produtores e na sustentabilidade do negócio, um dos atrativos entre os itens ”gourmets” foi a variedade das torras.
Basicamente, torrar é aquecer o grão do café entre 180º e 240 °C, até que ele libere os aromas e a acidez esperadas. Tais notas podem ser manipuladas e transformadas de acordo com o estilo da torragem: e é aí que mora o segredo.
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É uma técnica tão antiga quanto o consumo de café. Diz a lenda que um pastor do século VI teve a ideia de comer o grão depois de ver o efeito que ele tinha sobre as cabras que ingeriam a fruta. Entretanto, decepcionado com o sabor amargo, ele teria arremessado o prato na direção do fogo, fazendo uma espécie de “torra involuntária”. Em poucos minutos, o ambiente foi tomado pelo aroma tão típico da bebida, levando o homem a dar uma segunda chance ao alimento.
“O café passa por uma série de mudanças físicas e químicas durante a torra, passando de uma semente verde quase sem sabor para um um grão marrom aromático e saboroso que resulta em uma das bebidas mais complexas do mundo”, diz Joel Schuler, especialista em pós-colheita da produtora de café Casa Brasil e instrutor parceiro da BSCA.
Depois de tantos séculos, a alquimia do processo é explorada cada vez mais pelas marcas. A partir do dia 30, chegam ao mercado as novas linhas de cafés da Nespresso, “Ispirazione Novecento” e “Ispirazione Millennio”, que remetem aos estilos italianos de torra.
Segundo a empresa, a intenção do produto é recriar a variedade de experiências dos cafés italianos originais e regionais dentro do paladar brasileiro. “É importante enfatizar que a Itália é um país com uma rica diversidade cultural e isso se aplica também às torras dos cafés. Nossa linha tem a intenção de representar e trazer referências das torras regionais”, diz Mônica Lopes, diretora de marketing da marca.
Vale destacar que existem três níveis básicos de torra apontados pelos baristas e produtores: a torra clara, que deixa o grão mais ácido e menos amargo; a média, que alcança um estado de equilíbrio entre as notas da fruta; e a escura, que acentua o amargor e praticamente neutraliza o toque ácido. Schuler explica que essas características vão depender da temperatura, do tipo de aplicação de calor – o que inclui o momento de elevação da temperatura e a regulação do fluxo de ar – e da duração do processo. “Dependendo da origem do grão, da densidade, do método de processamento e do seu próprio estilo pessoal, os torrefadores ajustarão esses fatores para chegar a uma bebida que eles consideram que melhor representa o potencial daquele café específico”, afirma.
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Nas linhas da Nespresso, a “Ispirazione Millennio” é um exemplo de torra clara e moderna que confere um aroma frutado e fresco à bebida. Já a “Ispirazione Novecento” trabalha com o equilíbrio de sabores e a variedade das tendências regionais, resultando em uma combinação intensa. Ao todo, são nove tipos de cápsulas da linha Ispirazione que levam o nome das regiões mais famosas da Itália e que foram elaboradas com torras e toques únicos.
Do ponto de vista de Schuler, o cuidado com a torra e com a manipulação do café vem de uma tendência dentro do mercado atual que valoriza cada vez mais os produtores. “Suas decisões sobre como colher, processar e secar o grão afetam a estrutura química do produto”, diz. No final, quem sai ganhando com essa relação é o consumidor. “Para o público, isso fornece um novo paradigma para saborear a bebida, envolvendo a exploração da genética, do terroir, do processamento e do nível de torrefação”, finaliza.
Disponível também no site da marca, as linhas “Ispirazione Novecento” e “Ispirazione Millennio” saem por R$ 32,00 a caixa com 10 unidades.
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Instagram Pó de Chá cria linha exclusiva com ervas orgânicas
A marca Pó de Chá nasceu com a intenção de levar mais sabor, frescor e qualidade para todo o Brasil. A empresa oferece cinco sabores, entre hortelã, hibisco, ban chá, erva cidreira e capim-limão, todos feitos com ervas orgânicas para garantir maiores benefícios à saúde, para serem preparados em casa pelo próprio consumidor. “Nossa proposta é mudar a forma como o mundo prepara chá de erva. Quando fazemos o processo de desidratação a frio das folhas, elas ficam porosas, bem parecidas com os grãos de café. Descobrimos que a melhor maneira de fazer o nosso chá é coando, o que preserva os componentes naturais da erva e deixa a bebida com mais aroma e intensidade”, explica Helio Souza, fundador da Pó de Chá, em entrevista à Forbes. Segundo a empresa, o produto permanece por até 18 meses sem qualquer alteração do sabor e das propriedades.
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Divulgação Dengo Chocolates lança barra vegana com 50% de cacau
“Nada de leite. Apenas cacau, aveia e muito dengo” – essa é a premissa da nova barra de chocolate 50% vegana da Dengo Chocolates. Elaborado especialmente para o público que não consome ingredientes derivados de animais, o doce é feito a partir de dois ingredientes básicos: o cacau e a bebida de aveia da Nude, foodtech especializada no grão. A responsável pela criação da receita foi a chocolatière Luciana Lobo, que, apesar das restrições, defende que o padrão de qualidade da marca foi mantido. A barra já está disponível nas lojas físicas, no e-commerce e no iFood por R$ 21,00.
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