Por Mindy Burrows e Mimosa Spencer
CANNES, France (Reuters) – O diretor de cinema Baz Luhrmann disse que a reação da família de Elvis Presley ao seu filme sobre o ícone norte-americano que estreou no Festival de Cinema de Cannes foi “a melhor crítica da minha vida”.
O filme narra mais de 20 anos da vida do Rei do Rock and Roll, destacando a relação entre Presley, interpretado por Austin Butler, e seu enigmático empresário coronel Tom Parker, interpretado por Tom Hanks.
Os membros da família sentiram que o filme biográfico refletia “a humanidade do homem”, disse Luhrmann em uma entrevista coletiva lotada no festival nesta quinta-feira. Ele contou a reação da ex-mulher do cantor, Priscilla Presley.
“Ela disse: ‘Se meu marido estivesse aqui hoje, ele o olharia nos olhos e diria: ‘Caramba, você sou eu!'”, afirmou Luhrmann.
Butler explicou que por mais de dois anos ele colocou o resto de sua vida em espera enquanto caía em “obsessão”, embarcando no projeto com as “expectativas irreais” de que ele poderia fazer seu rosto idêntico ao de Elvis se ele trabalhasse difícil o suficiente – comparando essa abordagem a ir a um museu de cera.
“O que é realmente importante é que sua alma saia”, percebeu Butler.
“Eu acho que você sempre vai questionar se você iluminou ou não algo real e humano”, disse Olivia DeJonge, que interpretou Priscilla Presley.
Hanks lembrou que Luhrmann lhe deu o papel de empresário do astro, a quem ele descreveu como um homem intepestivo e brilhante que se certificava de encher seus próprios bolsos.
“Aqui estava um cara que viu uma oportunidade de revelar um talento único na vida em uma força cultural”, disse.