As vendas de veículos avançaram 27% em maio, totalizando 187.064 emplacamentos. O resultado superior em relação a abril (147.242) é consequência da alta na produção, que chegou a 205.916 unidades e registrou crescimento de 10,7% sobre o mês passado (186.037).
Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e contabilizam carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, nacionais e importados.
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É a primeira vez no ano que a produção – que atualmente enfrenta uma crise global de escassez de semicondutores e ainda reverbera os efeitos da pandemia – supera a barreira das 200 unidades, ainda de acordo com a entidade representante das montadoras.
Destrinchando os números de emplacamentos, foram 152.864 automóveis e comerciais leves nacionais e 22.350 importados, 9.908 caminhões nacionais e 486 importados e 1.456 ônibus nacionais.
Comparado a maio de 2021, maio de 2022 anota redução de 0,9%.
“Levando em conta a alta de juros e restrições de acesso ao crédito o resultado de maio foi impressionante”, avalia Márcio de Lima Leite, Presidente da Anfavea. “Como a tendência histórica do nosso setor é de um segundo semestre mais robusto que o primeiro, estamos muito otimistas”, completa.
No acumulado do ano, contudo, a queda é mais acentuada. Nos primeiros cinco meses de 2022, foram emplacados 739.974 veículos, ante 891.720 de igual período de 2021 – uma baixa de 17%.
Questionado sobre a influência da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre os desempenho do setor automotivo, Leite ponderou que tem “percebido uma leve melhora no setor logístico”, mas que “quem dormia dez horas por dia, agora dorme oito; quem dormia oito, dorme seis; e quem dormia seis, dorme quatro”, se referindo aos desafios da indústria em manter a cadeia produtiva. No entanto, vê uma tendência de melhora.
Quanto às exportações, foram 46,1 mil unidades em maio, uma alta de 2,8% sobre o mês anterior e de 24,6% sobre maio de 2021. No acumulado do ano, já se exportou 19,4% a mais em unidades que em 2021, e 27% a mais em valores, graças ao bom desempenho dos produtos brasileiros em mercados como Colômbia e Chile, entre outros países da América Latina.