Nélida Piñon morreu hoje (17) em Lisboa, aos 85 anos. A escritora carioca foi a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras. Ocupou o cargo entre os anos de 1996 e 1997.A causa da morte não foi divulgada.
A artista estreou na literatura com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus. Seu livro mais famoso, considerado uma obra prima, “A República dos Sonhos” foi apresentada ao público em 1984. O romance conta a história de uma família de imigrantes galegos. Aliás, a escritora é descendente de galegos.
A escritora nasceu na capital fluminense em 1937 e se formou em jornalismo pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro. Seus escritos foram traduzidos em mais de 30 países e contemplam romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias, que renderam conquistas importantes, entre eles o Prêmio Jabuti, o mais tradicional reconhecimento literário do Brasil. Nélida Piñon recebeu ao longo de sua carreira mais de 40 condecorações nacionais e internacionais.
No meio acadêmico, foi professora na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e obteve o título de Doutor Honoris Causa em instituições de ensino de diferentes países. Em 1998, foi a primeira mulher a alcançar esse feito na Universidade de Santiago de Compostela, na região da Galícia, na Espanha. (Com Agência Brasil)