Uma verdadeira ode à Maison Dior, o desfile trouxe vestidos e saias rodadas, scarpins e tailleurs, mas também camisas com gravatas, jaquetas jeans e alfaiataria em uma coleção que homenageava Edith Piaf, Juliette Gréco e Catherine Dior, grandes nomes dos anos 1950.
Tudo isso rodeava o cenário desenvolvido pela artista portuguesa Joana Vasconcelos, onde enormes figuras geométricas pareciam “pingar” na passarela. O set, desenvolvido a quatro mãos com Maria Grazia Chiuri, trouxe tecidos da Maison e técnicas manuais tradicionais da moda – leia-se crochê, tricô e bordados.
Cada uma das três mulheres homenageadas pela coleção reverberam em inúmeras outras, de décadas passadas ou da atual. Catherine Dior foi revolucionária e agente da Resistência Francesa da Segunda Guerra Mundial, tendo sido presa e torturada pelo nazismo. Após o fim da Guerra, ela virou florista e dedicou o resto da sua vida às flores, que apareceram no desfile em estampas e bordados.
Edith Piaf e Juliette Gréco foram duas cantoras icônicas da França. Enquanto Piaf levou a música francesa para o mundo, Gréco foi musa do existencialismo e carregava o estilo noir como ninguém. As duas estavam em looks – ora ultra rodados, referenciando Piaf, ora com elementos mais masculinos, uma ode a Gréco.
O novo e o antigo se viam também no styling: scarpins ultrafemininos eram pareados com meias ¾, vestidos rodados com chokers e luvas de couro, que davam um toque levemente punk. Em suma, uma celebração da mulher de forma complexa e multitemporal.
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Victor Boyko/Getty Images -
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Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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