Antes de falar qualquer coisa sobre o terceiro episódio da 4ª temporada de “Succession” – que foi tão mantido em segredo que a HBO nem mesmo o liberou antecipadamente para os críticos de TV -, é preciso alertar que este texto tem grandes spoilers. Apesar de ser provável que você já saiba, se entrou na internet nas últimas 60 horas.
O episódio 3 da série, exibido no último domingo (9), nos traz o fim de Logan Roy, que morre em um avião longe de seus filhos, fora das telas, enquanto testemunhamos as terríveis consequências para sua família e seus colegas de trabalho, que tentam lidar com a realidade da situação.
Pode não ser uma surpresa saber que o episódio já estabeleceu recordes de audiência para a série: 2,5 milhões de telespectadores na noite de domingo – o que suponho não ser muito alto quando comparado a outros sucessos da HBO, como “The Last of Us” e “House of the Dragon”. Mas para “Succession”? Sim, um recorde.
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Mas notei uma estatística ainda mais impressionante: “Connor’s Wedding”, o título (um tanto enganoso) do episódio, atualmente tem uma nota 10 perfeita no IMDB. E isso não é apenas porque ele acabou de ir ao ar e, à medida que outros episódios são lançados, a nota pode abaixar. O terceiro episódio já tem mais críticas dos fãs do que qualquer outro episódio que não seja o final da 3ª temporada. Na verdade, o mais recente capítulo de “Sucession” tem o dobro de avaliações que a maioria dos outros, com 10.000 avaliações.
Dessas 10.000 avaliações, apenas cerca de 200 estão abaixo de 10/10. Portanto, a média atual do episódio aparece como 10. Seus únicos rivais são os 9,8/10 de “All the Bells Say” (o final da 3ª temporada) e de “This is Not for Tears” (o final da 2ª).
Raramente vi um episódio de qualquer série receber tantas críticas e manter uma média de 10/10. Apenas alguns outros grandes sucessos da história da televisão atingiram essa marca, como o episódio “Ozymandias” de “Breaking Bad”, que permanece com 10 com 194 mil críticas. “Game of Thrones” não tem nenhum 10 perfeito, mas 9,9 para “A Batalha dos Bastardos” e “Os Ventos do Inverno”.
É perfeitamente possível dizer que podemos ter acabado de testemunhar um dos melhores episódios de uma série de TV de todos os tempos – pelo menos se estivermos tentando usar matemática e avaliações para calcular isso.
Em entrevista à Forbes, Brian Cox, o ator de Logan Roy, deu sua opinião sobre o terceiro episódio. “Estou feliz porque a integridade da série é o que importa. Jesse [Armstrong, o criador de Succession] é fenomenal nesse sentido. Ele manteve isso até o fim.”
Quanto a suas experiências ao longo de quatro temporadas, o que Cox mais sentirá falta é o elenco e a equipe “[Sentir falta] da série? Não, estou bem com o final. A força de ‘Succession’ é o fato de terminar quando deveria terminar. Seu senso de finitude é o que o torna a série o que ela é.”
Veja algumas das principais locações de “Succession”, que você pode visitar na vida real:
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HBO Peter McManus Café e Maru Karaoke Lounge, em Nova York
No segundo episódio da nova temporada, depois do fiasco de seu ensaio de casamento, Connor quer afogar as mágoas com apenas duas coisas: um bar “de verdade, com pessoas trabalhadoras” e um karaokê.
A primeira parada rende um dos momentos mais cômicos até agora na série, com os irmãos tentando fingir normalidade em um bar muito abaixo do padrão que estão acostumados – até temendo pela condição sanitária do local (só bebida enlatada, por favor). Realizando o pedido de Connor, a cena foi mesmo gravada em um bar de verdade, o Peter McManus Café, um dos mais antigos de Nova York, na 7ª Avenida.
Mas a pose de “gente como a gente” acaba logo que partem para o karaokê, nada singelo. O ambiente descolado, com clima de balada noturna e luzes neon, está repleto de jovens modernos, com suas taças de champanhe. Na sala privativa dos Roy, palco de uma das cenas mais fortes de Logan com os filhos, garrafas da bebida estão por toda parte.
O local é o Maru Karaoke Lounge, em Nova York, que funciona como um bar, lounge e karaokê no bairro de Koreatown. Quem quiser ter a mesma experiência que Roman, Connor, Kendall e Shiv pode reservar uma sala para até 12 pessoas, com três champanhes, por US$ 790 (em torno de R$ 3.900).
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Divulgação Restaurante Jean-Georges, em Nova York
Cenário do ensaio de casamento de Connor antes dos irmãos partirem em um rolê pela cidade para consolá-lo. O restaurante do chef francês Jean-Georges Vongerichten, com duas estrelas Michelin e nota máxima do ‘The New York Times”, fica no lobby da Trump Tower, em Manhattan. Por lá, são servidos pratos de alta gastronomia com influências francesas, norte-americanas e asiáticas – com um menu degustação de seis passos no valor de US$ 268 (R$ 1.300) por pessoa.
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HBO The Shed, em Nova York
Entre as megalomanias dos Roy, uma das mais mais exageradas foi a festa de aniversário de 40 anos de Kendall na terceira temporada. A extravagância foi filmada no The Shed, espaço de artes e centro cultural construído no Hudson Yards, que foi transformado pela série para incluir todos os pedidos excêntricos do aniversariante (como uma casa na árvore). Na vida real, quando nenhum bilionário está ocupando o ambiente, ele fica aberto para o público com apresentações e exposições de artistas – a mostra da fotógrafa Cláudia Andujar sobre o povo Yanomami esteve em cartaz recentemente.
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Manuel Zublena Villas Cetinale, La Foce e La Cassinella, na Itália
Na terceira temporada, o clã vai à Toscana para o casamento da Caroline, ex-mulher de Logan Roy e mãe de três de seus filhos. Durante a estadia italiana, três propriedades aparecem – e elas podem ser alugadas na vida real.
O pano de fundo para a cerimônia é a Villa Cetinale, uma propriedade de estilo barroco do século 17. Originalmente construída para o papa Alexandre VII, tem 13 quartos e jardins extensos. Bilionários da vida real se hospedam por lá, a um custo a partir de US$ 54 mil (R$ 272 mil) por semana.
A Villa La Foce, propriedade histórica de 1.400 hectares e capacidade para 24 convidados, hospeda parte dos Roy. Construída no final do século 15, fica entre as colinas do vale d’Orcia e está disponível para casamentos, reuniões familiares e outros eventos.
Já a Villa La Cassinella, nas margens do Lago de Como, é a propriedade fictícia do empresário Lukas Matsson, que negocia com os Roy uma possível aquisição. A Villa tem nove quartos, dez banheiros e hóspedes que chegam exclusivamente de barco (como Roman fez para se encontrar com Matsson), já que a casa fica em uma península particular que não pode ser acessada por estradas. Na vida real, afortunados podem alugá-la por US$ 100 mil (R$ 500 mil) por semana.
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Divulgação Whiteface Lodge, Lake Placid, em Nova York
A conferência de negócios Argestes, que se passa na segunda temporada e conta com a presença de todos os Roy, tem como cenário esse hotel nas montanhas de Adirondack, no estado de Nova York.
O Whiteface Lodge é um resort de estilo palaciano, todo feito de madeira, que inclui vários chalés – entre eles, um presidencial de 290 m² –, três restaurantes, um spa, espaço de cinema e boliche, entre outras atrações. Diárias partem, em média, de R$ 1.500 e podem ultrapassar os R$ 6.000, dependendo da acomodação.
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HBO Korčula, na Croácia
A segunda temporada termina com os Roy tirando férias em família no litoral da Croácia. Antes de navegarem pelo Mar Adriático a bordo de um iate de luxo de 279 pés, o clã passa pela ilha de Korčula, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, onde visitam o centro histórico, a Catedral de São Marcos e o restaurante à beira-mar Cupido.
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Divulgação Six Flags Great Escape, em Nova York
As sequências nas quais a série se passa em Brightstar, um dos parques de diversão da Waystar Royco – onde a família comemora o aniversário de uma criança e Greg trabalha antes de conseguir um cargo executivo na empresa, por exemplo –, são filmados no Six Flags Great Escape, em Queensbury, no interior do estado de Nova York.
Peter McManus Café e Maru Karaoke Lounge, em Nova York
No segundo episódio da nova temporada, depois do fiasco de seu ensaio de casamento, Connor quer afogar as mágoas com apenas duas coisas: um bar “de verdade, com pessoas trabalhadoras” e um karaokê.
A primeira parada rende um dos momentos mais cômicos até agora na série, com os irmãos tentando fingir normalidade em um bar muito abaixo do padrão que estão acostumados – até temendo pela condição sanitária do local (só bebida enlatada, por favor). Realizando o pedido de Connor, a cena foi mesmo gravada em um bar de verdade, o Peter McManus Café, um dos mais antigos de Nova York, na 7ª Avenida.
Mas a pose de “gente como a gente” acaba logo que partem para o karaokê, nada singelo. O ambiente descolado, com clima de balada noturna e luzes neon, está repleto de jovens modernos, com suas taças de champanhe. Na sala privativa dos Roy, palco de uma das cenas mais fortes de Logan com os filhos, garrafas da bebida estão por toda parte.
O local é o Maru Karaoke Lounge, em Nova York, que funciona como um bar, lounge e karaokê no bairro de Koreatown. Quem quiser ter a mesma experiência que Roman, Connor, Kendall e Shiv pode reservar uma sala para até 12 pessoas, com três champanhes, por US$ 790 (em torno de R$ 3.900).