A Teremana Tequila acaba de chegar a um grande marco: a marca ultrapremium, lançada por Dwayne Johnson no início de 2020, já ultrapassou a fronteira de um milhão de caixas anuais vendidas – um total de cerca de 9 milhões de litros. Para efeitos de comparação, das centenas de produtores nas prateleiras hoje, apenas 10 outras marcas de tequila podem alegar vender mais. Entre eles está a Casamigos, que foi vendida para a Diageo por quase US$ 1 bilhão em 2016. Na época, a empresa cofundada por Clooney só registrava 120 mil caixas por ano em vendas.
É um grande negócio para The Rock, mesmo para seus próprios padrões descomunais. “O lançamento da Teremana Tequila foi um sucesso histórico e sem precedentes na América do Norte”, disse o superstar. “Excedeu em muito todas as nossas expectativas e está acelerando em um ritmo extraordinário, em direção ao seu pleno potencial. Sabor, qualidade e acessibilidade são as chaves do nosso sucesso.”
A marca já foi reconhecida por nada menos que 17 dos principais prêmios internacionais de destilados. No ano passado, levou para casa um cobiçado ouro no San Francisco World Spirits Competition. A decisão de fazer parceria com a família Lopez – um dos nomes mais estabelecidos na indústria da tequila – para produzir o líquido está claramente colhendo frutos (ou melhor, dividendos) do ponto de vista da qualidade.
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Em termos de quantidade, o fato de Johnson ter lançado em um momento em que o crescimento da tequila é rápido e forte ajuda. Na verdade, atualmente o destilado tem o status de categoria que mais cresce nos Estados Unidos. Algumas projeções da indústria indicam que ela ultrapassará a vodka para se tornar a categoria de bebida mais consumida nos EUA antes do final de 2025. Grande parte dessa expansão está no segmento super premium, onde Teremana se encaixa, mesmo a US$ 30 a garrafa.
Apesar do lançamento histórico, The Rock está olhando para algo maior. Como isso é possível? Recentemente, ele falou com a Forbes sobre o negócio e os próximos passos da marca de tequila. Veja a seguir:
Fornes: Como foi fazer o lançamento da marca durante a pandemia?
Dwayne Johnson: Lançamos no início da crise da Covid. Não tínhamos ideia de como isso iria acontecer e o comportamento do consumidor, então tentamos entregar algo novo naquela época em que as coisas eram tão incertas – todo mundo só queria o que estava familiarizado, e eu entendi isso. Mas, em vez de arquivar o produto e colocá-lo em espera, sentimos que talvez houvesse uma chance, porque todos estávamos passando pela crise juntos.
Ter 328 milhões de seguidores no Instagram ajudou?
Eu tenho uma ferramenta muito poderosa de mídia social e construí um patrimônio de confiança com fãs de todo o mundo. Então, meu pensamento foi: vou tomar um drink de Teremana e ver o que acontece a partir daí.
E vocês chegaram a um milhão de caixas anuais vendidas. Como foi?
Tenho muita gratidão por isso. Queríamos criar uma marca e entregá-la às pessoas na esperança de que gostassem. Mas eu realmente queria tomar um tempo para mostrá-la ao meu público, apresentando um líquido de qualidade feito à moda antiga. E você ouve isso em marketing o tempo todo. Mas demos um passo adiante e realmente mostramos o que o ‘old school’ significa para nós: agave totalmente amadurecido, cozimento mais lento, temperaturas mais baixas. E vimos um espaço em branco no mercado para entrar com um líquido de qualidade a um preço mais acessível. E eu disse isso internamente várias vezes para minha equipe – não queremos promover nem fazer marketing, queremos um relacionamento com as pessoas.
Clooney e seus co-fundadores venderam Casamigos por um alto valor. É isso que está no horizonte para Teremana?
Sou um jogador de longa data e sem estratégia de saída. Minha mentalidade durante o lançamento – e ainda hoje – é que esta é uma marca de legado e estou nela a longo prazo, não estou procurando sair em cinco anos. Para meus outros amigos no negócio da tequila, como Kevin [Hart] e [Mark] Wahlberg, eu sei o que eles estão fazendo e é difícil de fazer. Mas eles estão nisso por outros motivos; eles veem uma estratégia de saída e esse é o modelo de negócios deles. Desejo-lhes felicidades.
O que vem a seguir para Teremana?
Acho que continuamos a fazer o que estamos fazendo aqui no mercado interno. Acho que seguir promovendo o lado local de nossos negócios e torná-lo o mais robusto possível. Mas, ao mesmo tempo, percorrendo um caminho paralelo de internacionalização da marca Teremana Tequila. Quero fazê-la uma verdadeira marca global de tequila.