O mercado brasileiro de destilados de luxo acaba de ganhar uma figura de peso. A Diageo anunciou que a marca de tequilas Don Julio começa a ser vendida oficialmente no começo de novembro e já chega com o rótulo mais caro da categoria no país: o 1942, a partir de R$ 1.760 a garrafa – R$ 110 a mais do que sua antecessora, a 1800 Tequila, que também aterrissou em terras brasileiras este ano, em junho.
O movimento de expansão da tequila não é à toa. A bebida de agave já despontou como a categoria de destilados com o maior crescimento nos Estados Unidos em 2021, disputando com o uísque americano como a segunda categoria mais valiosa em termos de faturamento.
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Com US$ 1,6 bilhão de vendas para a indústria de alcoólicos em 2022 segundo dados da consultoria IWSR, ela é a grande aposta global de 2023. Popular em países como Reino Unido, Rússia, Alemanha e Japão, não seria difícil imaginar que o Brasil, com sua paixão por destilados como a cachaça, estaria fora dessa onda. Pelo menos é o que aposta Don Julio e a Diageo, que buscam no mercado nacional a chance de se alinhar com a tendência global e participar do crescimento contínuo da categoria em ascensão.
“Com este lançamento, estamos reforçando nossa visão estratégica de oferecer uma variedade de opções premium para atender aos diferentes paladares e preferências dos consumidores”, afirma Manoela Mendes, diretora nacional da Diageo Reserve.
Para a mexicana Karina Sanchez, embaixadora global da Don Julio, também é uma questão de gosto. “O Brasil tem a energia perfeita para beber e aproveitar tequila, com um paladar parecido com o do México nesse sentido”, disse ela à Forbes em uma passagem por São Paulo em setembro. “Tenho certeza que os brasileiros vão aderir rapidamente a ela, especialmente com drinks como a margarita, que são fáceis de fazer”.
Fundada em Jalisco, no México, Don Julio tem 81 anos de tradição com o destilado de agave. Ela chega ao Brasil com um portfólio de quatro rótulos: Reposado (R$ 319), Blanco (R$ 290), Añejo (R$ 350) e o 1942 (R$ 1.760), o mais exclusivo deles.
O nome é uma referência a seu fundador, Julio González – que iniciou sua jornada na produção de tequilas em 1942, aos 17 anos. Já o seu preço, claro, tem relação com seu processo de fabricação. A produção, feita em pequenas quantidades, leva pelo menos dois anos e meio: esse é o tempo mínimo que o destilado descansa em barris de carvalho. Isso considerando o agave azul já colhido, que demora de cinco a sete anos para estar completamente maduro. Ou seja, uma garrafa (e que garrafa) de Don Julio 1942 pode demandar quase uma década.
Sem se limitar aos shots, Karina recomenda bebê-la pura, com gelo ou em temperatura ambiente – igual whisky. O resultado é suave, com toques de baunilha, amêndoas e chocolate e uma leve essência de carvalho.
O rótulo ficará disponível no The Bar (e-commerce oficial da Diageo) e nos pontos de venda físico a partir da primeira semana de novembro.
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