Foi pensando no conforto das mulheres, mas sem nunca deixar de lado o senso de estilo, que Chanel provocou e, em seguida, conquistou o mundo da moda. Quer ver alguns exemplos? A inédita calça feminina no lugar dos vestidos com espartilho, ou um simples chapéu coco em vez de um chapéu grandalhão, cheio de enfeites, como era comum no início do século 20. Ainda naquele início de século, Chanel fazia vestidos de festa com o corte do tecido aparente na barra, como se fosse um ato de rebeldia, mas também um comunicado: dá para ser formal e leve ao mesmo tempo.
A coleção do verão 2024, desenhada por Virginie Viard, tem essas qualidades – a combinação de elegância com descuido, uma tradução livre para a palavra francesa “insouciance”. Esse despojamento, pensando bem, parece fazer ainda mais sentido em tempos pós-pandêmicos.
Inspirada na Villa Noailles, uma vila de arquitetura modernista situada em Hyères, na costa mediterrânea da França, a coleção tem peças mais soltas, ou seja, menos estruturadas. No entanto, o tecido pode ser o tweed, que é encorpado. Os vestidos de festa são leves, porém ganham o trabalho do plissado, ou rendas. O look de camisa e calça em jeans emana informalidade total – mas como são bem cortadas as peças! E a bolsa a tiracolo em formato de câmera fotográfica? Um charme.
Nesse sentido, a coleção é uma aula de Chanel, com o olho voltado para o público jovem, sem deixar a fiel clientela de lado. Veja a seguir alguns looks que resumem bem a temporada da maison.
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Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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