O mercado de moda mal pode esperar pela estreia de Chemena Kamali na Chloé, o que vai acontecer oficialmente no próximo dia 29, quando a marca desfila na Semana de Moda de Paris. O anúncio da estilista como nova diretora criativa da grife francesa foi feito em outubro de 2023, logo após o último desfile sob o comando de Gabriela Hearst, que ocupou o posto por três anos. Desde então, Chemena, 42, vem trabalhando discretamente na coleção do inverno 2024. Agora, mais perto de mostrar a que veio, a estilista começa a revelar detalhes da nova fase da Chloé por meio de uma campanha que, além de muita beleza, entrega informações nas entrelinhas.
Publicadas pouco a pouco desde o início de fevereiro nas redes sociais, as fotos da “The Chloé Portraits” mostram modelos que foram importantes na história da marca – hoje, em sua maioria, lindamente maduras – intercaladas por novos rostos. O cenário? Paris, com direito a Torre Eiffel ao fundo, mas sem clichê. Maquiagem e cabelo quase ao natural. A mensagem é clara: reverenciar a história e a tradição da etiqueta, mas sempre olhando para frente.
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Jerry Hall, Natalia Vodianova, Liya Kebede e Jessica Miller estão entre as icônicas mulheres clicadas por David Sims, com styling de Lotta Volkova e direção de arte de Lina Kutsovskaya. Entre as modelos mais novas estão FeiFei Sun, Ornella Umutoni e Kristine Lindseth. “Elas são poderosas, bonitas e naturalmente livres”, explicou Chemena sobre o casting poderoso. O logo foi suavemente redesenhado para mostrar os novos ares.
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Divulgação Natalia Vodianova
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Divulgação Ornella Umutoni
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Divulgação FeiFei Sun
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Divulgação Jessica Miller
Natalia Vodianova
Pela campanha, é possível ver detalhes das roupas. Tem couro, trench-coat, renda, alguns babados, tons neutros e transparência. Em uma das poucas declarações da estilista nascida em Dusseldorf, considerada a capital da moda da Alemanha, ela garante que quer continuar construindo a visão iniciada por Gaby Aghion, que fundou a marca em 1952, e por Karl Lagerfeld, que fez bonito na Chloé nos períodos em que lá esteve, entre 1963 e 1983, e depois entre 1992 e 1997.
Ela também se disse feliz em voltar para a empresa, por onde começou a carreira de estilista. Chemena, que estudou moda na Central Saint Martins, em Londres, esteve na equipe de Phoebe Philo (que foi diretora criativa da Chloé de 2001 a 2006) e voltou mais tarde como diretora de design (na gestão de Clare Waight Keller, que ficou por lá entre 2011 e 2017). “Meu coração sempre foi o de Chloé desde que entrei por suas portas, há mais de 20 anos”, disse ela no comunicado à imprensa.
Superconhecida pelas bolsas que são desejo imediato, a Chloé carrega uma história importante na construção de uma moda prática para as mulheres modernas do pós-guerra, que queriam, ainda assim, algo delicado e extremamente feminino. A fluidez, em oposição à rigidez, é uma das características da maison.
Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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