Paisagens selvagens, torres do século 16, casas de pedra encarapitadas nas encostas, estradas fininhas, vilarejos adormecidos e o Mediterrâneo, sempre ele, fazendo o recorte dramático entre as montanhas e o mar. Estamos na costa noroeste de Mallorca, na Espanha, a caminho da uma propriedade de 526 hectares cercada pela cadeia de montanhas Tramuntana e numa região tão bela que, não à toa, é Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Son Bunyola se abre para esse cenário com vistas privilegiadas: a baía, (cujas águas sempre têm uma camada de névoa), a formação rochosa Sa Foradada e as montanhas ao fundo com olivais e vinhedos descendo em patamares. Ao chegar no hotel, a edificação principal, de estuque creme e com duas torres, revela um típico pátio de pedra e vai em direção ao restaurante, bar e um enorme terraço pontuado por fonte e jardins onde pequenos recantos criam vários ambientes sombreados por ombrelones — perfeitos para os longos almoços, jantares e happy hours animados com música ao vivo.
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Slim Aarons feelings na piscina de 28 metros cercada por espreguiçadeiras verdes e leves guarda-sóis brancos e listrados, onde as horas deslizam entre drinques, – como o vermute maiorquino com bitter e soda de grapefruit – e mergulhos.
Veja fotos do novo hotel Son Bunyola, em Mallorca
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Cenário impressionante
A restauração da finca histórica levou anos e ficou a cargo da Gras Reynés Architecture, preservando as características originais, enquanto o estúdio de design Rialto Living (com boutique hypada em Palma), cuidou dos interiores cheios de frescor, com tons e materiais naturais – madeira, pedras e mármores, além de tecidos e tapetes feitos à mão por mulheres no Marrocos (um dos projetos fomentados pela Eve Branson Foundation). O resultado? Rústico-chique.
Difícil escolher entre os 26 quartos e suítes. A suíte Tafona tem amplo living em dois ambientes, sala de banho com banheira, entrada independente e terraço panorâmico. Dentro, o décor em tons verde e creme – com cortinas de linho que revelam vistas espetaculares desde as camas ultramacias. Amenities perfeitas – espadrilles, chapéu, bolsa de palha e produtos de beleza locais, além de mimos diários e um frigobar all- included. O hotel tem também três vilas privativas independentes no imenso terreno, todas com sua própria piscina.
A cozinha é farm-to-fork com ingredientes frescos cultivados na propriedade, onde a sustentabilidade é palavra-chave, e o restante adquirido no entorno. São dois restaurantes: Sa Terrassa para café, almoço e jantar e Sa Tafona, bar de tapas que ocupa o local de uma histórica prensa de azeitonas. A assinatura mediterrânea e a experiência estelar do chef executivo Samuel G. Galdón se revelam em menus cheios de sabor – com peixes, frutos do mar, carnes, arrozes caldosos, massas frescas e vegetais grelhados, escoltados por vinhos regionais brancos e tintos.
Os dias no Son Bunyola podem ser bem ativos – com ioga, pilates, caminhadas e ciclismo (a região tem algumas das melhores rotas cênicas do mundo), seguidas de um jogo de tênis ou passeios de caiaque. Para momentos de desejado wellness, rume para o spa e relaxe com as massagens e terapias com produtos e óleos locais, da Gaia Natural. A beleza natural da praia de seixos, logo abaixo do hotel, merece ser explorada.
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Uma noite, Vincent Padioleau, o gentilíssimo General Manager do Sun Bunyola, nos levou ao Son Tomàs, pequeno restaurante familiar recomendado pelo Michelin debruçado nas encostas do vilarejo de Banyalbufar – onde, entre lulas, polvos, paellas e linguados, comemos super bem e assistimos ao sol se pôr no mar. Martín Bestard, guia local que conhece a região como ninguém, nos conduziu em um trekking e mostrou retorcidas oliveiras selvagens de 800 a 2 mil anos, existentes desde que os romanos desembarcaram em Mallorca.
Adorei o passeio de barco pelo Mediterrâneo, com pits stops para mergulhos, seguidos de um almoço inesquecível no Es Raor – peça as tapas e paellas desse restaurante em Sant Elm – e, depois, percorra as ruas de pedra do vilarejo de pescadores com casinhas caiadas de branco e portas azuis, um charme. Vale explorar as pequeninas cidades próximas, como Valldemossa, Deià e Soller, assim como a capital da ilha, Palma de Mallorca.
Paixão imediata
Apaixonado por Mallorca, Richard Branson comprou a propriedade pela primeira vez há mais de 20 anos, mas ao não conseguir as permissões para a renovação da finca histórica em ruínas, a vendeu em 2002 e a recomprou em 2015, já sabendo que poderia enfim fazer as reformas. Primeiro, ergueu as três vilas privativas, já o hotel Son Bunyola foi inaugurado em junho de 2023.
Ele deve ter lido a escritora George Sand, que passou alguns meses na Serra de Tramuntana, entre 1838 e 1839, junto com seu amante, o compositor Frédéric Chopin, e em seu diário de viagem A Winter in Mallorca anotou que “tudo o que o poeta e o pintor podem sonhar, a natureza criou neste lugar.”
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