O número de restaurantes italianos ao redor do mundo alcançou a marca de 41 bilhões em 2023, mostrando um crescimento expressivo em relação ao ano anterior (+9,6% ao ano). Este dado coloca a Itália no topo do ranking europeu de gastronomias prediletas do público. No nível global, a culinária do país vale mais de 240 bilhões de euros (R$ 1,4 trilhão), 12 bilhões de euros (R$ 70 bilhões) a mais em comparação a 2022.
É o que revela a nova edição do relatório Foodservice Market Monitor da Deloitte. “O setor de Foodservice italiano continua a registrar ótimos resultados e, este ano, o valor global do que podemos definir como ‘culinária italiana no mundo’ cresceu ainda mais”, comentou Tommaso Nastasi, parceiro e líder de serviços de criação de valor da Deloitte Itália.
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“O crescimento será impulsionado por algumas tendências principais, como o aumento do consumo de alimentos fora de casa e a polarização dos gostos dos consumidores, que estão cada vez mais atentos à experiência e a escolhas de consumo que refletem sua identificação com as marcas.”
Em termos de formatos, o chamado Full Service Restaurant (FSR), ou seja, o restaurante “tradicional” com serviço à mesa, confirma-se como a categoria principal com 46% do total. O mercado mostra um crescimento anual de 6,5%, com a trajetória de crescimento alinhada aos resultados históricos.
Em 2023 a culinária italiana no mundo representa 19% do mercado mundial de FSR, enquanto China e Estados Unidos correspondem a cerca de 63%, totalizando cerca de 152 bilhões de euros (R$ 886 bilhões). O crescimento em relação ao ano anterior foi de +5,4%, superando os valores pré-pandêmicos de 2019 de 236 bilhões de euros (R$ 1,3 trilhão). EUA, Alemanha e Brasil são os países com a maior penetração da culinária italiana no total dos FSR (respectivamente 35%, 23% e 23% do total).
Enquanto isso, surgem novos hábitos de consumo. Os consumidores buscam cada vez mais uma oferta personalizada, tanto em termos de produto quanto de serviço, mostrando um forte interesse pelo formato de Eatertainment, ou seja, restaurantes que apresentam uma forte componente de entretenimento.
Em termos de hábitos, a experimentação da semana curta em mais de 20 países leva os donos de restaurantes a considerar a sexta-feira também como um dia de final de semana, aumentando sua lucratividade. O fenômeno do snacking também ocorre com mais frequência, com os consumidores preferindo fazer várias pequenas refeições ao longo do dia ao invés das refeições tradicionais.
O relatório destaca para o mercado de Foodservice um crescimento a uma taxa composta anual (Cagr) entre 2023 e 2028 de +3,8%, com um valor possível em 2028 de 3 bilhões de euros (R$ 17 bilhões), impulsionado principalmente pelos países da Ásia e Pacífico e Row.
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Para a América do Norte e Europa, prevê-se um crescimento ligeiramente inferior à média do mercado. Grandes expectativas, no entanto, para o street food, que pode ser a categoria líder do crescimento do mercado nos próximos anos, com uma taxa composta anual (Cagr) de +5,5%.
“O aumento crescente do consumo fora de casa torna o mercado de foodservice cada vez mais atraente para os diversos operadores da indústria de alimentos e bebidas. Os desafios de criação de valor no futuro próximo serão impulsionados por um modelo de negócios ‘orientado para o cliente’, aberto também a mercados internacionais, além de uma melhor gestão operacional do ponto de venda”, conclui Nastasi.