Três dos passaportes mais poderosos do mundo, divulgados na terça (23) pelo ranking anual Henley Passport Index, são alguns dos mais difíceis de se conseguir. No entanto, eles também estão entre os mais cobiçados por sua facilidade de viagem e o acesso irrestrito a quase 200 destinos ao redor do mundo.
O índice de passaportes, que anualmente classifica os documentos de viagem do mundo de acordo com o número de destinos que seus portadores podem acessar sem necessidade de visto, nomeou Cingapura como o passaporte mais poderoso do mundo. Cidadãos de Cingapura têm acesso a 195 destinos de viagem (de 227) – mais do que cidadãos de qualquer outro país.
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Os Estados Unidos caíram para o 8º lugar – a maior queda entre qualquer país classificado entre os 10 primeiros. Os EUA oferecem acesso sem visto a 186 destinos, mas só reciprocamente permitem o mesmo para cidadãos de 45 países. O Brasil está na 17ª posição, com acesso a 171 nações.
Já o Afeganistão é classificado como o passaporte mais fraco do mundo, seguido por Síria, Iraque, Iêmen e Paquistão. A diferença de mobilidade global é a maior de todos os tempos, disse Christian H. Kaelin, presidente da Henley & Partners, em um comunicado, com o país mais mal classificado oferecendo acesso sem visto a apenas 26 países, em comparação com os 195 de Singapura – uma diferença de 169 países.
Os 21 passaportes mais poderosos do mundo
- 1: Cingapura – acesso a 195 países sem visto
- 2 (empatados): Alemanha, França, Itália, Japão, Espanha – 192 países
- 3 (empatados): Finlândia, Suécia, Luxemburgo, Países Baixos, Coreia do Sul, Áustria, Irlanda – 191 países
- 4 (empatados): Reino Unido, Dinamarca, Bélgica, Noruega, Nova Zelândia, Suíça – 190 países
- 5 (empatados): Portugal, Austrália – 189 países
O quão difícil é conseguir esses passaportes?
Cinco países estão empatados no top 5, incluindo o Japão, que está classificado entre os países mais difíceis de se obter cidadania, de acordo com o Global Immigration Services.
Os candidatos à cidadania devem viver no Japão por cinco anos antes de se tornarem elegíveis para obter um passaporte, devem passar em um teste de língua japonesa, devem provar que serão capazes de se sustentar no país e são obrigados a renunciar a qualquer cidadania anterior – e o processo pode levar meses ou anos para ser concluído após os requisitos serem atendidos, devido aos procedimentos do Ministério da Justiça.
Sete países foram classificados pelo Henley como empatados em terceiro lugar como os passaportes mais poderosos do mundo, e dois desses também estão entre os mais difíceis de obter: Áustria e Finlândia.
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A Áustria exige uma década de residência contínua ou cinco anos de casamento com um austríaco, um teste de idioma e a renúncia à cidadania anterior antes que a naturalização seja considerada – ou as pessoas podem se candidatar através da opção de cidadania por investimento, que permite candidaturas de quem fez investimentos econômicos significativos no país.
O processo da Finlândia pode levar anos para ser concluído após os requisitos serem atendidos, que incluem proficiência em finlandês ou sueco, cinco anos consecutivos de residência, um histórico limpo de pagamento de impostos e prova de estabilidade financeira.