A atleta Bia Souza colocou o Brasil no lugar mais alto do pódio do judô ao conquistar, nesta sexta-feira, 2, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A brasileira venceu a israelense Raz Hershko na final da categoria +78kg feminino. Beatriz foi classificada para a disputa ao vencer por ippon a francesa Dicko Romane, atual número um do ranking. Antes disso, William Lima já havia garantido a prata e Larissa Pimenta, o bronze.
Ainda neste sábado, 3, o judô seguiu dando alegrias para os brasileiros vencendo a Sérvia na categoria por equipes e se classificando para disputar a medalha de bronze. A equipe inclui Ketleyn Quadros, Rafael Macedo, Rafaela Silva, Willian Lima, além de Bia Souza.
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O retrospecto de conquistas do judô brasileiro é digno de orgulho. O país soma 27 medalhas e está na quinta posição entre as melhores da história. Antes do Brasil, o ranking é composto pelo líder Japão, França, Coreia do Sul e Cuba.
O judô é indicado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como o melhor esporte para ajudar no processo de formação de crianças a partir de 4 anos. Isso também explica a popularidade da modalidade entre os brasileiros.
Mas, na prática, o que explica essa força cultural e competitiva do judô no Brasil? Técnico de Bia Souza no Clube Pinheiros e comentarista da TV Globo, o judoca Leandro Guilheiro, afirma que existem vários fatores para a popularidade do esporte no Brasil, no entanto, uma das mais fortes, é a influência da colônia japonesa na nossa formação cultural e esportiva.
“Se analisarmos as árvores genealógicas dos principais nomes de formação do nosso judô sempre chegaremos em um descendente direto japonês. Isso mostra a importância da comunidade japonesa não só em popularizar o esporte mas garantir sua qualidade técnica e competitiva”, disse o técnico e judoca ao comentar o êxito de Bia Souza.
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