“Me sinto mais poderosa quando estou alinhada comigo mesma”, diz Gwyneth Paltrow, refletindo sobre sua jornada de atriz vencedora do Oscar a CEO. “Comecei a me aceitar completamente, com todos os meus erros.”
Essa filosofia de autoaceitação moldou o caminho não muito convencional de Paltrow como líder empresarial. Quando fundou a Goop em 2008, como um simples newsletter criada da sua mesa da cozinha. A atriz não tinha uma formação empresarial formal, nem um roteiro, e muito menos a noção de que o projeto se transformaria na marca multifacetada que é hoje.
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O que começou como um hobby, compartilhando recomendações de viagem, receitas e descobertas de compras, evoluiu para um império de lifestyle e bem-estar, com Paltrow emergindo como uma figura disruptiva no mundo dos negócios.
Do cinema ao mundo empresarial
A transição das telas de cinema para a sala de reuniões não aconteceu sem desafios, especialmente quando Paltrow assumiu o papel de CEO da empresa em 2016. “Eu não terminei a faculdade. Não fiz carreira corporativa,” admite com franqueza durante o Forbes Power Women’s Summit 2024, nos EUA. “Eu não sabia nada sobre nada do que eu estava fazendo.”
Essa falta de treinamento formal em negócios inicialmente gerou momentos de dúvida. “Eu costumava pesquisar os acrônimos do mundo corporativo no Google, escondida. Achava que todos iam pensar que eu era uma idiota.”
No entanto, foi justamente a disposição para abraçar a vulnerabilidade que se tornou um pilar do seu estilo de liderança e da evolução da Goop. “Eu realmente abraço as coisas,” ela diz. “Se existe desconforto, eu quero ir direto para ele. As coisas e as conversas difíceis são as únicas que realmente valem a pena.”
Conforme a Goop cresceu, abrangendo conteúdo, comércio e eventos, a filosofia de liderança de Paltrow continuou focada na autenticidade e no aprendizado contínuo. “Quando seguimos os instintos da empresa, geralmente é a coisa certa a se fazer,” afirma, destacando a importância de manter a missão da Goop diante de um crescimento rápido e mudanças na indústria. “A melhor coisa a fazer é abraçar o seu nicho, e o crescimento pode vir a partir disso,” diz. “Muitos dos meus erros vieram de não entender isso.”
Coragem na liderança de Gwyneth Paltrow
Essa abordagem de Paltrow levou a Goop a explorar territórios considerados ousados, posicionando a marca na vanguarda das discussões sobre o bem-estar feminino. A Goop foi uma das primeiras marcas a defender a beleza limpa e a abordar temas de saúde sexual. “Lembro de falar sobre saúde intestinal, lá atrás, e as pessoas ficarem surpresas,” diz. “E agora, é algo básico sabermos que a saúde intestinal afeta o resto do nosso corpo.”
O que diferencia Paltrow no mundo dos negócios é sua sinceridade refrescante sobre a realidade do crescimento dos negócios. “Alguns anos nós dobramos de tamanho. Em outros, ficamos estagnados. Alguns anos estamos em baixa, depois voltamos a crescer,” diz. “Mas continuamos. Temos muita intenção no que fazemos, e tenho orgulho de estarmos vivos e em movimento.”
Em uma recente mudança estratégica, a Goop ajustou seu foco para se concentrar em suas principais forças nos setores de beleza, moda e alimentação, em meio a um mercado cada vez mais competitivo.
Pensando no futuro, Paltrow permanece focada em fortalecer as ofertas principais da companhia, enquanto continua a inovar. “Você precisa continuar fortalecendo seus pontos fortes. O que nos torna únicos, o que faz de nós quem somos? Como continuamos a investir nisso? Como inovamos a partir desse ponto?”
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Essa estratégia está alinhada com a jornada pessoal da atriz e empresária. Agora na casa dos 50, ela vê essa fase da vida como um momento de metamorfose. “Nunca me senti tão conectada comigo mesma em toda a minha vida,” diz. “Recebi a incrível oportunidade de reavaliar e lidar com essa liberdade estranha que agora tenho, e estou cheia de possibilidades.”