Quando desembarcou no mercado brasileiro em 2018, importado do Japão, o Mitsubishi Eclipse Cross chamou atenção pelo distinto estilo da traseira – “dividida” em duas partes, com um vidro espia abaixo do localizado na tampa do porta-malas, foi imediatamente exaltada por uns, rechaçada por outros.
Na linha 2023, o SUV (agora fabricado na fábrica da HPE Automotores em Catalão, Goiás), passou pela primeira reestilização em sua curta carreira. A principal mudança está na adoção de um visual mais convencional na traseira, embora o contorno de cupê tenha se mantido. Segundo a marca, a mudança aumentou a área do porta-malas, de 451 litros, em 14%.
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Outras sutis alterações estéticas estão nas lanternas em LED, nas molduras laterais abaixo das portas, nas rodas de 18 polegadas e no conjunto ótico frontal redesenhado.
O Mitsubishi Eclipse Cross 2023 parte de R$ 186.990 na versão GLS; as intermediárias HPE e HPE-S saem por R$ 201.990 e R$ 221.990, respectivamente, enquanto a topo de linha HPE-S S-AWC custa R$ 232.990.
Como anda o Mitsubishi Eclipse Cross 2023
A versão topo de linha foi avaliada pela Forbes Motors em um test-drive de aproximadamente 250 quilômetros.
Ao entrar no modelo, o motorista se depara com um interior de visual sóbrio, sem excessos visuais ou grandes telas multimídia. O painel é simples e direto nas informações e a ergonomia é correta, deixando à mão os principais comandos para o condutor.
Há bom espaço para cinco ocupantes, em boa parte por conta dos generosos 2,67 m de entre-eixos. E, ao contrário do que a caída da linha do teto pode sugerir, viajantes do banco traseiro não raspam a cabeça no teto. Bancos largos e macios, com ajuste elétrico na frente, facilitam a acomodação.
Peculiaridade dos Mitsubishi, os paddle-shifts atrás do volante são fixos na coluna, não acompanhando o volante. Estimulam uma tocada mais esportiva e dão certo toque de requinte ao interior.
Um dos destaques desta versão completa é o sistema de tração integral, que entrega níveis de estabilidade acima da média. Há três níveis de configuração para o sistema: normal, neve e cascalho, a depender do piso.
Outro trunfo do modelo é a lista de equipamentos de segurança. Desde a versão GLS há sete airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, sistema de fixação Isofix e leitor de pressão dos pneus.
No quesito conforto, o Eclipse Cross se defende com bancos em couro, ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia com tela de 7 polegadas e integração Android Auto e Apple CarPlay e teto solar duplo (apenas nas HPE-S e HPE-S S-AWC). Na topo de linha, o sistema de som é JBL.
Quanto ao motor 1.5 turbo, de 165 cv e 25,5 kgfm de torque, o desempenho é digno de um SUV que foca em conforto e versatilidade. O câmbio do tipo CVT garante rodar suave, mas, como toda transmissão do tipo, não é referência quando opta-se por uma condução mais esportiva. As trocas de marcha se mostraram um tanto artificiais.
Em resumo, o Mitsubishi Eclipse Cross muda o bastante para continuar agradando um público cativo e fã da marca – que enxerga como concorrentes os modelos Jeep Compass, Volkswagen Taos e Toyota Corolla Cross.