Na última quinta-feira (6), a Tesla publicou a terceira parte do seu Master Plan, um documento de 39 páginas que descreve como a empresa acredita ser possível que o planeta seja totalmente alimentado por energia sustentável.
Ao contrário dos capítulos anteriores, o terceiro é muito mais detalhado. Os dois primeiros eram pouco mais do que postagens no site da Tesla usadas para descrever como a empresa obteria lucro com a venda bem-sucedida de carros elétricos de luxo e, em seguida, aplicaria os lucros na produção de veículos cada vez mais acessíveis.
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A terceira parte mergulha mais fundo em exatamente como o mundo e sua economia podem ser transferidos para a energia sustentável e a matemática por trás disso.
Uma página será de particular interesse para os fãs da Tesla, pois parece delinear três novas categorias de veículos, além de confirmar duas opções de tamanho de bateria para os caminhões da marca, chamados de Semi Light e Semi Heavy.
O documento revela como carros menores e caminhões de curto alcance podem usar elementos químicos de baixa densidade energética, como baterias de fosfato de ferro e lítio; enquanto veículos maiores e de longo alcance, como ônibus, exigem maior densidade energética e por isso dependem de cátodos de alto teor de níquel.
O parágrafo mais interessante é o “Tesla Equivalent”, onde se descreve o Model 3 e o Model Y como veículos de tamanho médio, o Model S e o Model X como grandes e o Tesla Semi como um caminhão pesado. Ali se revelam o modelo compacto, a van comercial/de passageiros e o ônibus a serem lançados.
O carro compacto da Tesla amplamente divulgado, por ora conhecido por Model 2 e que deve custar cerca de US$ 29 mil, terá uma bateria de 53 kWh e acumulará 42 milhões de unidades vendidas em um mercado global de 686 milhões de carros do tipo, de acordo com as previsões da fabricante.
Quanto à van, a Tesla calcula que terá uma fatia de 10 milhões de unidades em um mercado de 163 milhões de exemplares. Nesse caso a bateria seria de 100 kWh.
Por fim, há o segmento de ônibus, que a Tesla diz que usaria bateria LFP e teria uma capacidade de 300 kWh. Esses veículos representariam um 1 milhão de vendas dentro de uma frota global de 5 milhões.
*Alistair Charlton é um jornalista automotivo e de tecnologia que escreve para a Wired UK e a para a BBC e tem uma paixão de longa data por tudo sobre quatro rodas.
(Traduzido por Rodrigo Mora).