Uma apresentação mundial antecipada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ), com pormenores descritos sem cerimônia, mostram que a Renault tem ambições para o Kardian nos mercados brasileiro e sul-americano. A arquitetura foi desenvolvida a partir do zero sem nenhuma ligação com a subsidiária romena Dacia e os atuais Sandero, Logan e Duster. O visual lembra o de um SUV, mas tem identidade mais próxima de um hatch com altura de rodagem elevada.
Veja fotos dos novos modelos da Renault:
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Foto: divulgação Renault Kardian
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Foto: divulgação Renault substitui Captur por Kardian na disputa dos SUVs compactos
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Foto: divulgação Com o Kardian, Renault quer resgatar identidade própria no Brasil
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Foto: divulgação Serão cinco cores externas: branca, dois tons de cinza, preta e laranja
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Foto: divulgação Plataforma do Kardian é uma adaptação da CMF, a mesma usada no Clio e no Captur europeus
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Foto: divulgação No Brasil, arquitetura foi batizada de Plataforma Modular Global
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Foto: divulgação Com 4,12 metros de comprimento, o Kardian é um SUV compacto com dimensões de hatch
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Foto: divulgação Quanto às demais dimensões, são 1,60 m de altura e 2,60 metros de entre-eixos
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Foto: divulgação Motor 1.0 turbo está acoplado a câmbio automatizado de seis marchas e dupla embreagem
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Foto: divulgação Painel digital é de 7″; central multimídia tem 8″
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Foto: divulgação Renault Kardian
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Foto: divulgação Sucessora da Oroch, Niagara será híbrida e terá tração integral
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Foto: divulgação Versão final será produzida na Argentina, junto com a nova geração da Alaskan
Renault Kardian
Linhas são de um autêntico Renault. Frente imponente com o novo logo da marca, grupo óptico dianteiro em três níveis (de cima para baixo: DRL, faróis alto/baixo e de neblina no para-choque), rodas de liga leve de 17 polegadas e lanternas traseiras em forma de “C”.
O interior é amplo para referências do segmento graças aos 2.604 mm de entre-eixos e 4.119 mm de comprimento proporcionando bom espaço para pernas no banco traseiro. Quadro de instrumentos digital de 7 polegadas, multimídia de 8 polegadas, freio de imobilização eletroassistido com autoimobilização do veículo nas paradas e porta-malas de 358 litros (VDA) tornam o Kardian um produto bastante competitivo na faixa de preço de Volkswagen Nivus e Fiat Pulse. Estima-se algo a partir de R$ 115 mil quando chegar às concessionárias em março próximo
Para acompanhar a nova arquitetura, a Renault desenvolveu um novo trem de força de 1 litro, três cilindros, turbo flex, de 125 cv e 22,4 kgf.m de torque com etanol. Não se adiantaram pormenores, mas esta é a maior densidade de torque entre os motores produzidos no Brasil por qualquer marca.
Outra escolha bem-vinda é o câmbio automatizado de duas embreagens a banho de óleo, de seis marchas (descartado o câmbio manual). Trata-se de uma caixa mais prazerosa de usar e, segundo o fabricante, permitirá uma economia de combustível até 20% superior a um CVT.
O Kardian será produzido no Brasil no Complexo Ayrton Senna em São José dos Pinhais, região da Grande Curitiba, a partir de dezembro próximo e lançamento em março de 2024.
No mesmo evento a Renault apresentou uma picape conceitual, com o codinome Niagara, desenvolvida sobre a mesma arquitetura. Entre suas características destacam-se tração 4×4 híbrida (na frente um motor a combustão híbrido e atrás um motor elétrico), dois conjuntos mola-amortecedor por roda nos eixos dianteiro e traseiro, além de uma parte frontal e rodas com desenhos dos mais arrojados. A versão final, sem data prevista, terá estilo menos rebuscado.
Incentivos para elétricos começam a diminuir
Não se trata de criticar ou aplaudir, mas ter uma visão racional sobre o assunto. Novas tecnologias precisam mesmo ser incentivadas na forma de redução de impostos. Afinal, veículos elétricos apesar de suas indiscutíveis vantagens no controle da poluição local, têm preço elevado e outras limitações como alcance em estradas, tempo de recarga, além de exigência de uma rede capilar de pontos de carregamento da bateria.
Porém, isenção ou diminuição de impostos dever ser algo racional. Hoje, nove Estados e o Distrito Federal oferecem algum tipo de incentivo com prazos diferentes de validade. São Paulo tem a maior frota de veículos convencionais e, claro, também de elétricos. Mas houve desentendimento quando o governador Tarcísio de Freitas vetou a lei aprovada pela Assembleia Legislativa (AL) que isentava todos os elétricos do IPVA.
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Em seguida, o governador enviou um projeto de lei à AL com uma proposta de zerar o IPVA já em 2024 apenas para híbridos com motor flex etanol/gasolina. Em Minas Gerais a isenção só vale para veículos elétricos produzidos no Estado.
Por sua vez, o Governo Federal deve anunciar um aumento gradativo do imposto de importação (I.I.) de elétricos ao longo de quatro anos, começando por 9% em 2024 até atingir 35% de I.I. em 2027.
Já comentei que “virar a chave” de combustão para eletricidade é um processo muito caro e lento, que não pode se conduzir apenas por voluntarismo. Precisa haver cautela. A Alemanha acabou de dar este exemplo. Desde 1º de setembro último, zerou o subsídio para as importantes vendas corporativas de automóveis elétricos e a demanda caiu drasticamente.
Como resultado, as vendas da Tesla recuaram 69% frente a agosto e a VW, líder de mercado, também sofreu bastante. Em janeiro de 2024, o governo alemão rebaixará os carros elétricos elegíveis a incentivos do preço sugerido de 65 mil euros (R$ 348 mil) para 45 mil euros (R$ 240 mil). E o desconto subsidiado encolherá de 4.500 euros (R$ 24 mil) para 3.000 euros (R$ 16 mil). Espera-se nova queda nas vendas.
Salão do automóvel de Genebra volta a… Genebra!
A tradição vem desde 1905, mas a exposição sofreu seguidos cancelamentos durante o período de epidemia da covid-19. Houve também desinteresse dos fabricantes e a empresa suíça organizadora do evento transferiu a edição deste ano, no começo de outubro, para o Catar, no Oriente Médio.
Agora o Salão Internacional do Automóvel de Genebra acaba de ver confirmada sua volta às origens, de 26 de fevereiro a 3 de março de 2024. O executivo-chefe da exposição, Sandro Mesquita, garantiu: “Não será um show de mobilidade, e sim focará no carro como atração central”. Exibirá de tudo desde veículos tunados com motor a combustão aos elétricos, além dos lançamentos de modelos, acessórios e peças.
Haverá áreas temáticas, além dos estandes tradicionais: “Pavilhão da Inovação”, “Distrito do Design”, “Zona de Adrenalina” e “Zona de Emissões Zero”.
Renault foi uma das primeiras a confirmar presença. E ressaltou em nota: “O Grupo participará dos Salões de Genebra e de Paris de 2024, bem como de todos principais salões do automóvel nas regiões onde o Grupo está presente. São verdadeiros espaços de compartilhamento de inovações e discussões em torno da paixão pelos carros.”
Por outro lado, marcas alemãs anunciaram desinteresse pela exposição de Genebra. Só a Porsche ainda não se manifestou. Stellantis também optou pela ausência. Cerca de 20 fabricantes chineses, no entanto, negociam com a organização.
Inteligência artificial já é aplicável no reparo de veículos
Um recurso para agilizar a avaliação de pequenos danos à carroceria e em até sete segundos fornecer um orçamento para o conserto está disponível em um novo e exclusivo aplicativo. Trata-se do Webmotors Serviços que faz uso da rapidez e precisão da IA (Inteligência Artificial) para tornar muito mais ágil uma operação que antes exigia tempo de deslocamento até uma oficina e assim orçar os serviços de funilaria, pintura e polimento.
A operação é simples e parte de uma foto obtida por meio de telefone celular da área afetada pela colisão classificada como dano leve ou médio, que não comprometa a estrutura do veículo, uma situação comum no pesado tráfego urbano. O aplicativo consegue consultar até 1.500 estabelecimentos conveniados, inicialmente só na cidade de São Paulo, e pode fornecer também o endereço da oficina mais próxima.
Mesmo para quem tem o carro segurado, é muito útil saber o preço do reparo porque sempre há uma franquia associada à apólice. Além disso, ao acionar a seguradora o motorista perde uma classe de bônus na renovação anual. Pode ser mais conveniente executar o conserto por conta própria, especialmente no caso de arranhões ou amassados que não envolvam um terceiro.