Primeiro foi-se o Touareg e, pouco mais de um ano depois, saiu de linha também o Passat. E então desde o começo da década cabe ao Tiguan a responsabilidade de representar a Volkswagen no exigente segmento de luxo. Após um hiato de quase dois anos, o SUV – o médio, não o grande – tem as vendas retomadas em versão única, Allspace R-Line, de sete lugares.
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Importado do México por R$ 278.990, o novo Tiguan teve o primeiro lote (1.209 carros) esgotado em três horas. Provavelmente por causa da bela reestilização concentrada na parte frontal e do reconhecido espaço interno, cujos principais símbolos são o extenso entre-eixos de 2,79 metros e o porta-malas de 686 litros (padrão VDA).
Uma generosa lista de equipamentos é obrigatória no segmento, sobretudo itens de segurança: seis airbags, frenagem automática pós-colisão, assistente de partida em rampa, controle de pressão dos pneus e frenagem autônoma de emergência estão lá. Um sistema chamado Travel Assist, que em resumo assume os controles longitudinal e lateral do veículo, também.
Há mimos como bancos em couro perfurados, climatizados, elétricos e com memória para o motorista; novo volante capacitivo com botões touch e aquecimento, porta-objetos revestidos de carpete, painel Active InfoDisplay de 10,25” totalmente configurável, central multimídia Discovery Media com tela de 8” (com conectividade sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, navegação nativa, câmera de ré, quatro modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual) e luz ambiente da cabine com 30 opções de cores.
Tudo isso pode compensar a redução de potência para atender os parâmetros da fase L7 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores). Embora mantido o 2.0 turbo, agora são 186 cv e 30 kgfm de torque, ante 230 cv e 37,5 kgfm do Tiguan R-Line anterior, que muita gente chegou a apelidar de “Golf GTI de salto alto”. A transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas deu lugar a uma automática, de oito velocidades.
Seu principal concorrente é o Jeep Commander Overland T270, de R$ 281.690.
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Kombi de R$ 700 mil
Embora tenham tomado voos diferentes – o SUV vem do México e a minivan é produzida na Alemanha –, Tiguan e ID.Buzz desembarcam simultaneamente no mercado nacional.
Tal como o ID.4, a Kombi elétrica só está disponível dentro do programa de assinaturas VW Sign&Drive. O contrato para ter temporariamente uma das 70 unidades disponíveis pode ser de 12, 24, 36 ou 48 meses e a franquia permite rodar até 3.100 quilômetros por mês.
O valor mensal mais acessível, de R$ 12.990, se refere a um contrato de 48 meses conjugado a um limite de uso de 1.500 km mensais. Ao final do período, o contratante terá desembolsado R$ 623.520. Quem quiser ter uma ID.Buzz pelo tempo e quilometragem máximos – 48 meses e 3.100 km mensais – investirá R$ 695.520.
A mensalidade inclui serviços de manutenção, seguro, documentação, logística de entrega, assistência 24 horas, gestão de multas e serviço de rastreador, mas um wallbox de 7,4kW para recarregar a bateria deve ser comprado ou alugado à parte.
Um executivo da marca confidenciou que, por ora, a família de elétricos ID está completa no Brasil. Mas não a de modelos de luxo: “Da nossa meta de 15 lançamentos até 2025, já lançamos 11. Faltam quatro. Atualmente modelos grandes e do segmento premium estão sendo analisados.”
O que pode ser interpretado como a volta do grandalhão Touareg, atualmente na terceira geração e híbrido.
70 anos
As duas novidades fecham o ano que marcou os 70 da empresa no Brasil. “Em 2023, avançamos fortemente com a nossa ofensiva de produtos: foram nove lançamentos, quase um por mês, iniciando nossa ofensiva de eletrificação com o ID.4 e ID.Buzz. Somos a maior produtora de automóveis do Brasil, com mais de 25 milhões de veículos produzidos, e a maior exportadora do setor brasileiro, com mais de 4,2 milhões de unidades embarcadas”, relembra Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil.
Com 252.801 carros de passeio comercializados até novembro (segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a Volkswagen deverá encerrar o ano como líder de mercado. Por uma margem bem apertada, contudo: segunda colocada, a Fiat (líder absoluta entre os comerciais leves, amparada pelo sucesso de Strada e Toro) soma no mesmo período 249.811 emplacamentos.
O mesmo deve ocorrer com o Polo, comercializado 93.246 vezes entre janeiro e novembro; o Chevrolet Onix vem logo atrás, com 91.204 vendas.