A General Motors vai investir R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028, com recursos sendo direcionados para atualização de fábricas no país, renovação de linha de veículos, desenvolvimento de tecnologias e criação de novos negócios.
Executivos da companhia fizeram o anúncio em coletiva à imprensa em Brasília, após se reunirem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo. Pouco antes do anúncio, Lula já havia antecipado em rede social o valor do plano de investimento.
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“Esses investimentos vêm em boa hora, com a retomada do crescimento econômico brasileiro com programas como Novo PAC e a Nova Política Industrial. Reindustrialização, geração de emprego e compromisso com o desenvolvimento sustentável”, escreveu Lula na rede social X.
O investimento foi anunciado poucos meses depois que fábricas da GM no Estado de São Paulo entraram em greve em outubro em protesto contra 1.245 demissões realizadas pela empresa e que foram revertidas após decisão judicial.
Questionado, o vice-presidente da GM para América do Sul, Fabio Rua, presente no evento desta quarta-feira (24) afirmou que as demissões tinham sido feitas em “conjuntura específica” no ano passado, mas que a visão de longo prazo da GM no Brasil “é de crescimento, de continuar empregando”.
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O plano de investimento também foi anunciado após a publicação no final de dezembro das linhas gerais do programa Mover, que segundo o governo federal busca incentivar a produção no país de veículos menos poluentes, incluindo elétricos e híbridos.
Rua disse que a GM “ainda tem dúvidas” sobre o real impacto que o Mover trará para a indústria automotiva do país, mas afirmou que há pontos positivos sobre os termos que tratam de incentivo a pesquisa e desenvolvimento.
A GM não detalhou os investimentos, mas a companhia informou mais cedo neste mês que pretende fazer seis lançamentos de veículos no Brasil em 2024, com o primeiro sendo o monovolume redesenhado Spin, de sete lugares.
A montadora não apresentou previsão para produção de híbridos ou elétricos Brasil, segmento que acabou de ser protegido pelo governo federal contra importações neste mês via aumento de imposto. A companhia afirmou que uma decisão de produção no Brasil de veículos eletrificados dependerá da evolução do mercado.