A Renault começará neste mês a trabalhar na engenharia de uma versão mais acessível do compacto elétrico Twingo, disseram duas fontes à Reuters, com produção do veículo prevista para daqui dois anos, conforme a empresa busca driblar a intensa concorrência dos rivais chineses.
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As montadoras chinesas, maiores produtoras de veículos elétricos do mundo, estão fazendo incursões rápidas no mercado europeu, pressionando as empresas da região a cortarem preços e custos e acelerar o desenvolvimento de novos modelos.
Fabricantes chineses de veículos elétricos reduziram o tempo de desenvolvimento de novos modelos para uma média de 2,5 anos, cerca de metade do tempo de montadoras tradicionais.
O conceito do novo Twingo elétrico, em que o esboço do veículo é validado e definido, ocorreu na semana passada, disseram as duas fontes familiarizadas com o assunto.
A Ampere, unidade de veículos elétricos da Renault, começará agora a escolher fornecedores e criar protótipos, acrescentou uma das fontes.
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A Renault tem trabalhado para reduzir o tempo de desenvolvimento em relação à média de cinco anos das montadoras tradicionais. A companhia desenvolveu os elétricos Megane em quatro anos e o R5, que começará a ser vendido em 2024, em três anos.
Para acelerar o lançamento do novo Twingo elétrico, os engenheiros reduzirão o número de peças em 20%, usando mais componentes genéricos e privilegiando as peças disponíveis nos fornecedores, disse Gilles Le Borgne, chefe de tecnologia da Renault, ao jornal francês Les Echos no mês passado.
Uma terceira fonte, também ciente dos planos da Renault de produzir em massa o novo Twingo em 2026, disse que o modelo será montado em Novo Mesto, na Eslovênia, onde o atual Twingo ZE é produzido. A Renault não quis comentar.
Mais de 4 milhões de Twingos, incluindo as versões com motores a combustão, foram vendidos nos últimos 30 anos.