O cronograma nacional de vacinação contra a Covid-19 no Brasil pode ser afetado pelos atrasos na chegada de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) importado da China a partir de junho, disse hoje (10) o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Em entrevista na sede do instituto para marcar a entrega de um lote de 2 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, ao PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde, Covas disse ainda que não há uma data para a chegada de mais IFA para o Butantan, que já envasou todo insumo que tinha em estoque.
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“Preocupa muito o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho poderá sofrer algum impacto”, afirmou o presidente do Butantan, lembrando que o IFA da vacina da AstraZeneca, que está sendo envasada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), também é importado da China.
“Não temos definição da liberação do insumo na China. Existe a definição de 4 mil litros, sim, e esperamos que até na quarta-feira (13) possamos ter uma notícia positiva”, acrescentou Covas, que espera a chegada do lote para, no máximo, o dia 18.
O presidente do Butantan voltou a afirmar que o atraso se deve à demora na autorização de exportação do IFA por parte do governo da China e não à produção da Sinovac. Informações do governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado, dão conta de que o laboratório chinês tem 10 mil litros de IFA prontos, aguardando liberação para embarque ao Brasil.
Com a entrega desta segunda, o Butantan ultrapassou a marca de 45 milhões de doses da CoronaVac entregues ao PNI. Na quarta-feira o instituto prevê entregar mais 1 milhão de doses, concluindo assim os 46 milhões de doses previstas na primeira parte do contrato com o Ministério da Saúde, que deveria ter sido finalizada ao final de abril.
Na sexta (15), o Butantan espera entregar mais 1,1 milhão de doses da vacina, iniciando assim o segundo contrato com o ministério, que prevê a entrega de 54 milhões de doses até o final de setembro. (com Reuters)
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