A população brasileira está envelhecendo assim como a população mundial. A expectativa de vida do brasileiro vem aumentando e, com isso, passaremos a ver mais pessoas idosas no nosso dia a dia.
Logicamente, o ano de 2020 foi atípico, e 2021 também, pois com a pandemia da Covid 19, tivemos muitas mortes principalmente nessa faixa etária, mas também mortes precoces, e com isso, estatisticamente a ocorrência de um platô ou até mesmo de uma diminuição da expectativa de vida tende a ocorrer.
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De acordo com a pesquisa “Reduction in Life Expectancy in Brazil after Covid-19” (Redução da expectativa de vida no Brasil após a Covid-19), o número de mortes pelo vírus fez a vida estimada da população brasileira cair de 76,74 anos para 74,96.
Todavia, sem contar esse momento único que passamos, a tendência é haver um aumento do número de pessoas mais velhas.
O envelhecimento do ser humano é algo natural e que ocorre de forma progressiva e individual, ou seja, desde o momento do nosso nascimento já estamos envelhecendo e de forma diferente um do outro.
Na terceira idade, a preocupação com alguns cuidados é ainda mais necessária, haja vista haver um decréscimo natural, porém importante, da massa muscular, por exemplo.
A síndrome da fragilidade do idoso é algo que vem sendo estudado e constantemente debatido haja vista as questões acima mencionadas referentes ao aumento do número de idosos e com esse aumento, todas as limitações e implicações que isso pode trazer.
Conceitualmente a fragilidade do idoso é uma condição que pode acarretar perda de massa muscular, diminuição de força, possibilidade de quedas com risco de fratura, perda de peso nos últimos anos e de forma não provocada ou não intencional e exaustão/fadiga.
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Como forma de prevenção, é importante reforçar sempre que a atividade física regular, uma boa alimentação ao longo da vida e ainda, um convívio social ativo, são importantes questões que podem ser repetidas ao longo da nossa trajetória para que, ao chegarmos na terceira idade, possamos desfrutar de momentos prazerosos junto a aqueles que amamos.
Importante fazer o que chamamos de “poupança” da nossa massa muscular. Como naturalmente a diminuição irá ocorrer, manter uma boa massa muscular ao longo da vida, é um fator preponderante para colher bons frutos lá na frente. Isso porque a sarcopenia ou perda de massa muscular, é um dos principais componentes dessa síndrome.
E isso fazemos com uma alimentação equilibrada e ainda com uma rotina de exercícios físicos, os quais também são muito importantes para combater várias outras doenças.
Logicamente que sempre devemos analisar o indivíduo e tentar diagnosticar de forma precoce doenças que possam vir a limitar funções importantes na nossa vida. Porém, de forma geral, manter um estilo de vida saudável é sempre a recomendação básica e ela simplesmente parte das suas escolhas individuais.
Eduardo Rauen é médico nutrólogo e diretor técnico do Instituto Rauen.
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