O câncer colorretal é um dos tumores mais incidentes no Brasil e no mundo. Por isso, descobrir precocemente é tão relevante.
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia recomenda que o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, seja realizado a partir dos 50 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação médica.
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Com a colonoscopia é possível detectar os pólipos, lesões que podem ser pré-malignas e, quando retiradas, apresentam uma diminuição significativa da chance de desenvolvimento do câncer.
Já abordamos este assunto recentemente neste espaço, trazendo a informação de que algumas sociedades internacionais indicam que este rastreamento comece mais cedo, com benefícios importantes para o diagnóstico precoce.
Gostaria de trazer para este debate, então, um novo estudo que analisou mais de 111 mil mulheres americanas. Os pesquisadores avaliaram se fazer a colonoscopia antes dos 50 anos traria benefícios para diminuir a chance de câncer de intestino e reto.
Os resultados mostraram que a realização do exame abaixo dos 45 anos representou uma redução do risco da doença na ordem de 63%. Se feito entre 45 a 49 anos, a queda do risco chegou a 57%.
Obviamente, como há uma questão de custo para a realização deste rastreamento, que não deve ser ignorada, parece que o melhor equilíbrio seja entre os 45 e 49 anos.
Mas, certamente, a mensagem desse estudo com um número tão relevante de mulheres, é que sim, vale a pena recomendar o exame de colonoscopia para pacientes com menos de 50 anos, provavelmente a partir dos 45 anos.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 40.990 novos casos de câncer colorretal neste ano no Brasil, sendo 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Foram registradas 20.245 mortes pela doença em 2020, sendo 10.356 mulheres e 9.889 homens.
Então, mulheres – e homens, claro – atenção aos principais sintomas do câncer colorretal: alteração do hábito intestinal, sangramento nas fezes, dor abdominal, uma massa abdominal palpável, perda de peso e anemia.
A prevenção é o melhor caminho, sempre. Converse com seu médico sobre o exame de monitoramento preventivo e, ao ter qualquer sinal de desconforto, procure orientação profissional.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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