Há períodos no trabalho em que se isolar é natural e necessário. Você pode ter um projeto urgente para terminar ou alguma tarefa que necessite de concentração intensa. Porém, há vezes em que algumas atitudes fazem com que você se isole sem ter essa necessidade.
Isso é negativo e causa perda de produtividade, relacionamentos ruins e, às vezes, até demissão. Se você for o chefe, pode perder seus melhores funcionários. Geralmente, o funcionário nem percebe que está se isolando dos demais colegas. Isso pode acontecer após uma série de atitudes simples, como criar um monte de regras ou pensar que está sempre certo.
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É importante lembrar que, por mais que você seja bom no que faz, vai precisar de outras pessoas. Especialmente no mundo corporativo atual, ninguém se vira sozinho.
Veja 7 atitudes que fazem você se isolar no trabalho e como fugir delas:
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Criar muitos processos e regras
“Não me mande e-mails após as 5h da tarde. Tente primeiro mandar e-mail, depois mensagem e só então me ligue. Mas nunca nos finais de semana ou antes das 8h da manhã.” Mesmo quando você está tentando ajudar, criar muitas regras dificulta a comunicação com os outros, porque as pessoas não conseguirão lembrar quais são as suas regras e, para não cometer erros, optarão por não falar nada.
O que fazer: não crie regras. Ou tenha apenas uma regra simples, como “a forma mais fácil de se comunicar comigo é sempre por e-mail”.
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Atacar as ideias dos outros
“Essa é uma estratégia terrível que nunca funcionará.” Responder desse jeito aos seus colegas, a não ser que eles gostem de discussões, fará com que pensem duas vezes antes de dividir ideias com você no futuro. Isso pode prejudicar sua carreira e sua empresa.
O que fazer: pense com cuidado no que vai falar para fazer as pessoas se sentirem seguras, especialmente as introvertidas. No best-seller do New York Times, “O Poder dos Quietos”, a autora Susan Cain descreve como as pessoas mais confiantes e comunicativas geralmente conseguem o que querem. “Isso não seria um problema se falar mais significasse ter melhores ideias, mas pesquisas sugerem que essa ligação não existe” diz ela. “Em um estudo, grupos de estudantes tinham de resolver problemas de matemática juntos e, depois, dar notas para a inteligência e julgamento dos outros. Os alunos que falaram primeiro e com maior frequência receberam as notas mais altas, mesmo que suas sugestões (e notas em matemática) não tenham sido melhores que as dos alunos menos comunicativos”.
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Pensar que está certo sempre
Qual é o ponto em debater com alguém que acha que está sempre certo e sequer considera outras opiniões? É mais fácil não discutir. Assim, pessoas que acham que estão sempre certas tendem a ser cada vez menos chamadas para a discussão. Se você entrar em discussões achando que está certo e que a outra pessoa está sempre errada, você não fará muitos amigos nem influenciará muitas pessoas.
O que fazer: assuma que o outro pode ter uma visão diferente e que seu ponto de vista pode não estar 100% correto. Em vez de dizer “é assim que as coisas são”, diga: “é assim que eu vejo as coisas, mas eu posso estar errado”.
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Agir como se todas coisas girassem a sua volta
Você nasceu com um instinto de sobrevivência que te faz pensar que tudo se baseia em você. Isso é esperado em bebês e tolerado em crianças pequenas, mas mal visto em adultos.
O que fazer: faça com que as coisas girem em torno dos outros. Em “Consiga o que você quer”, o autor Stuart Diamond, professor de negociação de Wharton, diz que para trabalhar bem com outras pessoas “você deve agir do modo contrário, se colocando no lugar dos outros e tentando fazer com que os outros se coloquem no seu lugar”.
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Usar poder
As pessoas querem ser convencidas, não forçadas. Usar o status ou autoridade de alguém pode funcionar uma vez. Porém, assim que alguém perceber que o relacionamento com você é uma via de mão única, vai procurar uma forma de fugir disso.
O que fazer: mostre que você valoriza a posição e o poder da outra pessoa. “Se você fizer isso, as pessoas irão usar sua autoridade para te ajudar a alcançar seus objetivos,” diz Diamond.
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Fazer as coisas no seu ritmo
Responder aquele e-mail agora, no final na tarde, amanhã, daqui a alguns dias… ou semanas. Qual é a pressa? Além disso, uma vez que as pessoas perceberem que não receberão uma resposta sua rapidamente, deixarão de te perturbar com tantas perguntas e descobrirão as coisas sozinhas. É bom para os dois lados!
O que fazer: Blaine Lee diz em seu livro “Princípio do Poder” que, se você quiser ter poder com as pessoas (ou algo diferente do mencionado acima), você precisa estar acessível. Isso não significa que você deve responder a todo e-mail e atender todas as ligações imediatamente, mas, se você demora sempre mais de 24h para responder, você será deixado de lado.
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Expressar frustração
Você se lembra daquele episódio de Seinfeld em que George Costanza descobre que consegue evitar receber mais tarefas aparentando estar frustrado? Se você aparenta frustração, as pessoas te darão espaço para lidar com isso. Quanto mais você parecer frustrado, mais espaço você receberá. Se a frustração se torna um hábito, você trabalhará cada vez mais sozinho.
O que fazer: a frustração é naturalmente egoísta. Lute contra a frustração focando nos outros e buscando soluções. Descubra os objetivos dos seus colegas e os ajude a alcança-los. Quando surgirem desafios no trabalho, olhe para as oportunidades de crescimento pessoal ou para uma maneira de tornar seu ambiente de trabalho mais agradável. Pode parecer simplista, mas sorria e desenvolva uma atitude positiva.
Existem circunstâncias em que essas dicas não irão funcionar? Certamente. Se você está em um ambiente de trabalho extremamente negativo, elas podem ser inúteis. Nessa situação, sua única opção pode ser procurar um novo emprego. Mas, primeiro, olhe para dentro e veja se tornar as coisas melhores não depende de você.
Criar muitos processos e regras
“Não me mande e-mails após as 5h da tarde. Tente primeiro mandar e-mail, depois mensagem e só então me ligue. Mas nunca nos finais de semana ou antes das 8h da manhã.” Mesmo quando você está tentando ajudar, criar muitas regras dificulta a comunicação com os outros, porque as pessoas não conseguirão lembrar quais são as suas regras e, para não cometer erros, optarão por não falar nada.
O que fazer: não crie regras. Ou tenha apenas uma regra simples, como “a forma mais fácil de se comunicar comigo é sempre por e-mail”.