
O papa Francisco, que vem lutando para superar uma pneumonia dupla há quase três semanas, foi retirado da ventilação mecânica nesta quarta-feira (5) após usá-la durante a noite para ajudar na respiração, informou o Vaticano.
O papa, de 88 anos, foi internado no hospital Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro, com uma grave infecção respiratória que tem exigido um tratamento em constante evolução.
O Vaticano disse que Francisco foi reconectado à ventilação mecânica não invasiva durante a noite após ela ter sido removida durante o dia na terça-feira (4), ressaltando sua dificuldade contínua em se livrar da doença perigosa.
O papa voltou a receber um alto fluxo de oxigênio por meio de uma pequena mangueira nasal sob o nariz, segundo o Vaticano.
“O papa descansou bem durante a noite”, disse o Vaticano na quarta-feira (5), acrescentando apenas que ele acordou pouco depois das 8h. O pontífice normalmente começa seu dia bem antes do amanhecer quando está saudável.
Francisco sofreu o que o Vaticano descreveu como dois episódios de “insuficiência respiratória aguda” na segunda-feira (3). O boletim de saúde de terça-feira (4) foi mais otimista, dizendo que o papa estava estável durante todo o dia e não teve nenhuma nova crise respiratória.
Entretanto, os médicos reiteraram que seu prognóstico é “cauteloso”, o que significa que ele ainda não estava fora de perigo.
“Eu acho que é grave, muito grave. Claro, estamos todos muito preocupados com ele”, disse Liana Cardozo, uma turista brasileira, na Praça de São Pedro.
O papa não foi visto em público desde que entrou no hospital, sua ausência mais longa desde o início de seu papado, há 12 anos. Os médicos não informaram quanto tempo seu tratamento pode durar.