Após muita expectativa, a vinda de Carlo Ancelotti ao comando da seleção brasileira foi oficializada. Nesta segunda-feira (12), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou a contratação do técnico italiano, que treinará a amarelinha até a Copa do Mundo de 2026. De acordo com a entidade, Ancelotti já comandará o Brasil nos próximos jogos, que acontecem em meados de junho, contra o Equador e o Paraguai, respectivamente. No dia 26, ele anunciará os convocados para esses duelos.
“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Aos 65 anos, o italiano deixa o comando técnico do Real Madrid (ESP) para assumir a posição que até então era ocupada por Dorival Júnior, atual treinador do Corinthians. Desde a amarga goleada sofrida pelo Brasil nas Eliminatórias para rival Argentina, por 4 a 1, o cargo estava vago e o nome de Ancelotti voltou a circular com força nos bastidores da CBF.
Em 2023, a contratação do treinador italiano era muito aguardada e a seleção brasileira chegou a ir a campo com o técnico interino, Ramon Menezes, por três amistosos, mas foi frustrada. Na expectativa para que em 2024 Ancelotti assumisse o cargo, a CBF resolveu contratar Fernando Diniz — na época, treinador do Fluminense — por um ano. No entanto, o afastamento de Edinaldo Rodrigues do comando da entidade por conta de uma decisão judicial e a renovação do contrato de Ancelotti com o Real Madrid — após conquistar o título da Champions League — minaram as esperanças de tê-lo à frente do Brasil em 2024.
Quem é Carlo Ancelotti
Carlo Ancelotti iniciou sua história no futebol como meio-campista, até se aposentar no ano de 1992, quando já assumiu o cargo de auxiliar técnico da seleção italiana. Após a conquista da Copa do Mundo de 1994 ser arruinada pelo Brasil, Ancelotti passou a treinar equipes da Itália, como Juventus e Milan. Neste, ele começou a escrever seu nome no futebol de forma mais contundente. Durante oito anos (2001-2009), o técnico disputou três finais da Champions League, ganhou duas delas, além de ter conquistado a Serie A e o Mundial de Clubes.
Na sequência, Ancelotti teve rápida passagem pelo Chelsea (ING) e pelo Paris Saint-Germain (FRA), sendo que em ambos ergueu troféus. Em 2013, ele assumiu pela primeira vez o Real Madrid e encerrou seu vínculo com a equipe em 2015. Na sequência, treinou equipes como Bayern de Munique (ALE) e Napoli (ITA), até voltar ao Real Madrid, em 2021.
O italiano é o maior vencedor da Liga dos Campeões, com cinco títulos. Sem contar que ele é o único que ergueu troféus das cinco principais europeias (Itália, Inglaterra, Espanha, Alemanha e França).
Consagração no Real Madrid
O último jogo de Ancelotti pelo Real Madrid foi na derrota no clássico contra o Barcelona, por 4 a 3. O revés afastou as chances de título para os Merengues, que já estavam fora da Liga dos Campeões.
Apesar disso, sua carreira foi bastante exitosa no clube, onde acumulou 15 títulos. Foi campeão da Champions League em três oportunidades, além de ter conquistado dois Mundiais de Clube e duas La Liga.
Pior momento da história?
O técnico italiano encontra uma seleção brasileira longe de seu auge. A equipe vive uma crise há mais de dois anos, desde que foi eliminada da Copa do Mundo de 2022 contra a Croácia, nas quartas de final, que resultou na saída do técnico Tite.
A derrota humilhante em Buenos Aires no fim de março foi a mais recente de uma série de resultados ruins que o Brasil sofreu. A seleção nunca havia sofrido quatro gols em uma partida de eliminatórias para a Copa do Mundo.
Além disso, o Brasil nunca perdeu tantos jogos, sofreu tantos gols ou estabeleceu tantos retrospectos negativos nas eliminatórias. O país perdeu cinco de seus 14 jogos e sofreu 16 gols.
