Com modelo de negócio transparente, personalizado e digital, loja de superesportivos vê demanda aumentar 70% durante a pandemia.
Quando Hugo Mendes, 38 anos, criou o modelo de negócios da 4|BOSS, uma das maiores lojas do Brasil de carros de luxo e superesportivos, não imaginava que, seis anos mais tarde, viveríamos isolados por meses em função de uma pandemia de proporções globais.
A empresa, que vende e entrega em todo o Brasil, se tornou referência no mercado premium pelo atendimento e pós-vendas. “Com a informatização, foi preciso implantar a tecnologia no processo de venda. Vídeos, fotos profissionais, contrato digital, laudo detalhado com 270 itens registrados e investimentos em marketing fazem parte das nossas operações. Na logística, caminhões entregam o carro na casa do cliente com segurança. “Quis trazer a mesma experiência que ele teria se estivesse na minha sala, tomando um café e falando sobre carros.”
Esse modelo de negócio, segundo o proprietário, foi fundamental para que a empresa suportasse o aumento de 70% na demanda observado desde o início da pandemia. “A gente já vinha crescendo, mas a nossa projeção era de 30% em 2020. Felizmente estávamos preparados”, conta, revelando um recorde de vendas nos últimos 90 dias.
Hugo Mendes credita o movimento a alguns fatores. Um deles é que, impedidas de viajar ou frequentar lugares, as pessoas estão gastando com outros prazeres. Além disso, as operações financeiras tradicionais estão rendendo muito pouco, já que temos hoje a menor taxa de juros da série histórica. Para completar, a desvalorização desses veículos está em níveis muito baixos, pois o mercado de usados está aquecido.
Os clientes da 4|BOSS, que trabalha principalmente com as versões esportivas, como Porsche, BMW (Série M) e Mercedes-Benz (AMG), trocam de carro com frequência. “As vendas são altamente recorrentes, o que indica que o modelo funciona”, diz Hugo Mendes, que transformou clientes em amigos. “Eles acabam nos indicando e assim construímos uma relação de confiança.” O objetivo é fornecer o mesmo atendimento de quem vai à loja para consumidores que estão comprando em São Paulo, no Pará ou em Florianópolis, por exemplo.
Satisfeito com a experiência e interessado em ganhar escala, Hugo Mendes criou, há cerca de um ano, a Auto Blue, que trabalha com os modelos médios, a partir de R$ 40 mil. E conta que, nessa categoria, também constatou aumento de demanda durante a pandemia – o faturamento dobrou.
Os planos, no curto prazo, são muitos. Além de intensificar as parcerias para aumentar o portfólio da Auto Blue, está sendo construído um ponto de atendimento com estúdio fotográfico em São Paulo, para registro dos modelos, que
ficará pronto em 60 dias. Um centro de distribuição na capital paulista também está previsto para breve, para atender às duas empresas e facilitar a logística.
O fundador Hugo Mendes e o cofundador da Auto Blue, Otavio Da Veiga Neto, já contabilizam o crescimento e a expansão em São Paulo para atender ao mercado nacional, que atualmente vende mais de 14 milhões de unidades de carros usados por ano.
A Auto Blue é intermediadora de um processo de compra e venda de veículos e marketplace digital. “Além disso, a empresa trabalha com um sistema de compra, em que o cliente pode vender o carro na hora.”
A entrega do veículo pode ser feita em um dos 120 pontos de apoio ou na casa do comprador. “Nosso objetivo é democratizar um modelo de atendimento personalizado, transparente e digital”, finaliza Hugo Mendes.
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Divulgação Imagens do show room principal da 4 Boss
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Divulgação Vista externa da Auto Blue em Brasília
Imagens do show room principal da 4 Boss