Trabalhadores em Madri removeram placas de ruas com nomes ligados ao governo do ditador espanhol Francisco Franco nesta sexta-feira (27), apesar da oposição de alguns na Espanha, que acreditam que seu legado deve ser preservado.
VEJA TAMBÉM: Boeing quer incluir área militar em associação com Embraer
O conselho da cidade de Madri disse que cerca de 49 ruas seriam renomeadas ao longo dos próximos dias. O processo tem tido disputas legais em uma demonstração de como a Espanha ainda luta para chegar a um acordo sobre seu passado ditatorial.
Muitos dos nomes referem-se a generais que participaram do golpe militar contra a república espanhola em 1936 e a Guerra Civil que se seguiu. As ruas voltarão aos seus nomes pré-franquistas ou, se isso não for possível, em homenagem a mulheres ilustres, instituições de ensino ou políticos, disse o conselho.
Os historiadores estimam que até 500 mil combatentes e civis foram mortos nos lados republicano e nacionalista na guerra. Após o fim, dezenas de milhares de inimigos de Franco foram mortos ou aprisionados em uma campanha para acabar com a dissidência.
Com o esforço de renomear as ruas, as autoridades de Madri invocaram a Lei de Memória Histórica de 2007, introduzida sob o governo socialista anterior, que previa a remoção de estátuas e a mudança de nomes de lugares ligados ao regime de Franco.
O plano foi aprovado em 2015, mas foi alvo de recurso nos tribunais pela Fundação Francisco Franco – que trabalha para manter viva a memória do ditador. Este apelo foi mais tarde anulado por um tribunal de Madri.