O McDonald’s divulgou hoje (30) resultados do primeiro trimestre que superaram as previsões dos analistas, ajudados pela força nos mercados internacionais e a opção de consumidores nos EUA por hambúrgueres mais caros.
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As ações da maior rede do mundo em receita subiam quase 5% na bolsa de Nova York, após as vendas globais pelo conceito mesmas lojas superarem as previsões de Wall Street, aumentando o lucro.
Um plano de recuperação de vários anos, lançado pelo presidente-executivo Steve Easterbrook há três anos, trouxe mudanças no menu, novas tecnologias para lojas e renovação de restaurantes para gerar mais tráfego.
Os hambúrgueres “gourmet” de alta margem, que oferecem ingredientes frescos e mais caros, custando US$ 6 ou US$ 7, ante opções mais baratas da rede, de US$ 1 a US$ 3, elevaram o valor médio dos gastos dos consumidores nos EUA.
As vendas nos restaurantes McDonald’s nos EUA subiram 2,9%, superando as expectativas dos analistas de 2,7%, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
As vendas globais nas lojas abertas há pelo menos 13 meses subiram 5,5%, superando facilmente uma estimativa média de 3,94% e refletindo um aumento de 7,8% nos mercados internacionais mais maduros da empresa – Austrália, Canadá, França, Alemanha e Reino Unido.
Por que o McDonald’s precisa se adaptar ao novo mercado
“[Isso] mostra o poder da marca… globalmente os números foram excelentes”, disse Peter Saleh, analista da corretora BTIG. “Os resultados foram muito impressionantes, na verdade mais impressionantes do que esperávamos inicialmente.”
Excluindo itens, a empresa lucrou US$ 1,79 por ação, superando a estimativa de US$ 1,67. A receita global caiu 9% como resultado da refranchising – uma medida de redução de custos em que a empresa vende os estabelecimentos de propriedade do McDonald’s para um investidor franqueado e recebe apenas uma parte das vendas.
A maneira como o resultado foi obtido diverge dos últimos trimestre, quando o McDonald’s e outras redes de fast food se concentraram em combater uns aos outros com cardápios no valor de um dólar, descontos em bebidas e itens de menu de tempo limitado à medida que os gastos dos consumidores desaceleraram.
O lucro líquido subiu para US$ 1,38 bilhão, ou US$ 1,72 por ação, ante US$ 1,21 bilhão, ou US$ 1,47 por ação, um ano antes.