As ações da Petrobras desabavam mais de 10% na bolsa brasileira hoje (24), com a perda de valor de mercado alcançando cerca de R$ 47 bilhões, em meio à reação negativa de investidores após a companhia reduzir o preço do diesel em razão dos protestos dos caminhoneiros.
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Às 13:25, as preferenciais da Petrobras caíam 14,5%, a R$ 19,90 e os papéis ordinários perdiam 14%, a R$ 23,34. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,7%.
Considerando essas cotações, a perda de valor de mercado da companhia somava R$ 47,2 bilhões, para R$ 285,2 bilhões. Se os papéis fecharem nesse patamar, a Petrobras deixa de liderar o ranking de valor de mercado da bolsa, com a Ambev recuperando o posto, com valor de R$ 317 bilhões.
Na véspera, a Petrobras anunciou redução em 10% no valor do diesel nas refinarias a partir de hoje, em uma decisão “excepcional” devido aos protestos dos caminhoneiros, que deve resultar em perda de R$ 350 milhões em receita para a companhia.
Analistas cortaram a recomendação dos papéis da companhia, citando preocupação com aumento dos riscos de ingerência política na estatal.
“Os recentes eventos trouxeram a política técnica de preços da Petrobras para o debate político e tememos que aumentem os riscos de interferência”, afirmou o analista Regis Cardosos, do Credit Suisse, que reduziu a recomendação para os ADRs (recibo de ação negociado nos EUA) da companhia para ‘neutra’, mantendo o preço-alvo em US$ 15.
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“As regras do jogo mudaram”, destacou o analista André Hachem, do Itaú BBA, que cortou a recomendação para ‘market perform” e também reduziu o preço-alvo das ações preferenciais para R$ 27 ante R$ 32 anteriormente.
“Tudo que precisa é uma pequena percepção de intervenção negativa”, afirmou o analista Bruno Montanari, do Morgan Stanley, que reduziu a recomendação do ADRs da empresa de ‘overweight’ e cortou o preço-alvo de US$ 15 para US$ 13.