As ações da TIM ampliavam queda hoje (9) para cerca de 9% em meio ao ruído gerado pela informação divulgada pela companhia de que pagará royalties pelo uso de sua própria marca para a controladora Telecom Italia.
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A queda revertia movimento de mais cedo, quando a cotação intradia da ação da TIM bateu recorde em meio à repercussão positiva da divulgação do resultado financeiro do primeiro trimestre.
Às 12h31, os papéis desabavam 9,1%, a R$ 14,41, liderando as perdas do Ibovespa, que subia 0,7%. No pior momento, caíram 10,7%, a R$ 14,14.
De acordo com a TIM, o conselho de administração aprovou na véspera (8) contrato de licenciamento de uso da marca TIM com a Telecom Italia e suas subsidiárias, mediante o pagamento de royalties, para o ano de 2018, em percentual de 0,5% sobre a receita líquida total.
O contrato terá vigência até o final de 2020, podendo o percentual de royalties ser ajustado para até 0,7% a partir de janeiro de 2019, mediante nova aprovação do conselho de administração da companhia.
“A cobrança de royalties é uma surpresa negativa, uma vez que deve representar uma despesa anual de R$ 90 milhões, com valor presente líquido de R$1 bilhão [após] taxa, correspondente a 2,5% do nosso valor justo para a ação da TIM”, disseram analistas do Bradesco BBI, avaliando, contudo, que a queda das ações era injustificada.
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“A gestão reiterou a projeção para 2018 e 2019, mesmo com essa nova despesa, enquanto nossas estimativas para 2020 já estão cerca de 4% abaixo do guidance. Além disso, acreditamos que a administração apresentou argumentos sólidos que devem minimizar os questionamentos sobre questões de governança corporativa”, escreveram Fred Mendes e Tales Freire.
Na máxima, mais cedo, as ações subiram 2,33%, a R$ 16,22, cotação intradia recorde. Além do ruído sobre os royalties, operadores citaram alguma realização de lucros nos papéis, uma vez que as ações da operadora de telefonia tinham acumulado alta de mais de 24% no ano até a máxima desta sessão. Apenas em abril a valorização foi de 11%.
A TIM reportou no final de ontem lucro líquido de R$ 250 milhões, alta de 89,1% ante o mesmo período de 2017, e anunciou que o conselho de administração aprovou pagamento de R$ 230 milhões em juros sobre capital próprio referente ao primeiro trimestre.
Na visão de analistas do Credit Suisse, a TIM confirmou as expectativas de outro trimestre positivo. “As receitas com serviços e o Ebitda vieram em linha com nossos números. O Ebitda cresceu 16% ano a ano e teria crescido 18% se não fossem os custos temporários”, escreveram em relatório distribuído a clientes.