Equipados com drones, arqueólogos descobriram mais de 25 geoglifos entalhados em uma área do deserto costeiro do sul do Peru, perto das Linhas de Nazca, disse uma autoridade do Ministério da Cultura hoje (28).
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A maioria dos geoglifos recém-descobertos, que incluem figuras de uma orca e uma mulher dançando, parecem ter sido feitos pela cultura paracas mais de dois mil anos atrás, portanto séculos antes do povo de Nazca criar desenhos gigantescos semelhantes nos arredores, explicou Johny Isla, arqueólogo que lidera os esforços de conservação do Ministério da Cultura na região.
Outros 25 geoglifos que haviam sido detectados por moradores também foram mapeados com drones, disse Isla.
“As aeronaves por controle remoto nos permitiram ampliar nossa documentação e descobrir novos grupos de figuras”, contou Isla em uma turnê pelos geoglifos da província de Palpa.
Mas, ao contrário das Linhas de Nazca, a maioria das quais só pode ser observada ao ser sobrevoada, muitas das chamadas Linhas de Palpa foram escavadas em encostas de colinas e podem ser vistas do solo, disse o Ministério da Cultura peruano em um comunicado.
Os geoglifos criados pelas culturas paracas e nazca são lembretes notáveis da rica história pré-colombiana do Peru, considerados enigmas arqueológicos, já que ninguém sabe por que foram desenhados com tais dimensões e durante tanto tempo.
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“No total estamos falando de 1.200 anos durante os quais os geoglifos foram produzidos na região”, disse Isla.
Tombadas como patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), as Linhas de Nazca foram danificadas por invasores em busca de terra e por motoristas que se desviam de uma rodovia próxima