O grupo brasileiro Positivo planeja uma oferta pública inicial da unidade de educação para janeiro do próximo ano, disse um executivo sênior à Reuters.
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Lucas Guimarães, vice-presidente do Grupo Positivo, afirmou que a companhia ainda não contratou bancos para coordenar a oferta, mas que tem visto elevado interesse de investidores por empresas que administram escolas.
O Positivo tentará evitar o planejamento de uma transação para o segundo semestre do ano, já que Guimarães espera “muita volatilidade” devido às eleições presidenciais programadas para outubro.
A unidade de educação da Positivo será a segunda listagem do grupo brasileiro, que é o acionista controlador da Positivo Tecnologia.
A divisão Positivo Participações detém sete escolas privadas de educação básica no Paraná e em Santa Catarina, com cerca de 8 mil estudantes, segmento conhecido como K-12.
Sua universidade, com oito campi no Estado do Paraná, tem 40 mil alunos. Os sistemas de ensino da unidade são usados por 867 mil estudantes.
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Guimarães afirmou que o Positivo tem observado elevado interesse de investidores na educação básica, enquanto as instituições de ensino superior se deparam com cortes no programa de financiamento do governo.
A Kroton Educacional, maior grupo de ensino superior do país, concordou em desembolsar até R$ 6,3 bilhões pela Somos Educação cerca de dois meses atrás. Na época, a Kroton ofereceu um prêmio de 66% sobre as ações da Somos.
Guimarães se recusou a entrar em detalhes sobre a potencial avaliação da unidade de educação do Grupo Positivo. No ano passado, a divisão teve uma receita de R$ 1,2 bilhão e lucro líquido de R$ 117 milhões.