A montadora Toyota começou a reduzir os gastos, inicialmente com vendas e marketing, e a desviar os recursos para pesquisa que a ajudará a enfrentar novos competidores, disseram quatro pessoas familiarizadas com o assunto.
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Uma das primeiras iniciativas da Toyota foi cancelar contratos com a unidade chinesa de sua agência de publicidade e comunicação de longa data, a Dentsu, de acordo com as fontes.
O presidente-executivo da Toyota, Akio Toyoda, e o diretor financeiro e de risco, Koji Kobayashi, querem seguir o exemplo da Tesla, do Google e da Tencent – todas dependem fortemente de estratégias de marketing menos tradicionais, mais baratas e inovadoras.
Eles afirmam que as economias devem ser convertidas em investimento em tecnologias emergentes, incluindo veículos autônomos.
“Podemos registrar lucros recordes, mas não achamos que estamos acompanhando o ritmo deles de investimentos”, disse à Reuters uma das fontes, uma autoridade sênior da Toyota.
Para isso, Kobayashi quer usar os recursos, antes destinados a marketing automotivo e despesas gerais, que no ano encerrado em março totalizaram ¥ 2,72 trilhões (US$ 24,66 bilhões).
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A Toyota reportou um lucro operacional de ¥ 2,4 trilhões (US$ 21,68 bilhões) no mesmo período, tornando-se uma das montadoras mais lucrativas do mundo. A margem de lucro da empresa está em torno de 9%.
Mas companhias como Google e Apple – agora competindo diretamente com a Toyota em tecnologia automotiva – apresentam números muito maiores.
Toyoda e Kobayashi veem forte contraste entre o lado hipereficiente das fábricas da Toyota e as operações de venda, de acordo com as fontes, que pediram para não serem identificadas porque não estavam autorizadas a falar com a mídia sobre o assunto.
A decisão de excluir a chinesa Dentsu de novos negócios com a montadora no próximo ano e reduzir projetos já aprovados mostra o quão sério são os esforços da Toyota para corte de gastos, disseram as fontes. A Dentsu, em Pequim, presta serviços de cerca de US$ 50 milhões para Toyota anualmente.