O dólar fechou hoje (13) em queda ante o real com a cena externa mais positiva para os mercados emergentes, mas os investidores ainda mantinham postura de cautela sobretudo diante da cena política eleitoral no Brasil.
VEJA TAMBÉM: Dólar tem leve alta frente ao real e fecha a R$ 3,88
O dólar recuou 0,86%, a R$ 3,8508 na venda, fechando a semana com leves perdas de 0,46%, a segunda seguida. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,90% no final da tarde.
“Temos por aqui expectativas de acompanhar mais o exterior enquanto a corrida presidencial segue em ‘pause’ e com uma agenda sem indicadores relevantes”, trouxe mais cedo a corretora H.Commcor em relatório.
No exterior, o dólar era negociado praticamente estável frente a uma cesta de moedas e em baixa ante algumas divisas de países emergentes, como o peso mexicano.
A pressão nos mercados emergentes era um pouco menor com os investidores mantendo suas visões de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deve subir juros mais do que o indicado neste ano.
Mais cedo, o Fed reforçou as previsões de forte crescimento econômico dos Estados Unidos em relatório enviado ao Congresso. Reiterou que “entende que aumentos graduais adicionais” na taxa de juros sejam apropriados, dado o crescimento “sólido”.
LEIA: Dólar salta mais de 2% e chega perto de R$ 3,90
Internamente, seguiam as preocupações com as eleições presidenciais de outubro e a reta final para que os pré-candidatos e partidos fechem coligações. O mercado teme que um político que considere menos comprometido com o ajuste fiscal vença a corrida.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 6,3 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio.