O dólar terminou o dia de hoje (30) em leve alta ante o real, com a agenda mais leve desviando a atenção do mercado para eventos dos próximos dias, entre os quais decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que podem influenciar o fluxo de recursos pelo mundo.
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O dólar avançou 0,33%, a R$ 3,73 na venda, depois de acumular queda de mais de 4% nas últimas quatro semanas.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 3,6966. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,55% no final da tarde.
“No comunicado pós-reunião [do Fed] é que estarão as atenções em busca de pistas sobre novos aumentos em setembro e provavelmente em dezembro”, trouxe a Advanced Corretora ao lembrar que, para esta quarta-feira (1), as previsões são de manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos entre 1,75% e 2%.
É consolidada a percepção de que o Federal Reserve, banco central do país, deve manter seu gradualismo na política monetária, com mais duas altas de juros previstas para este ano.
Muitos investidores temem que os efeitos de uma guerra comercial enfraqueçam a economia, o que diminuiria a necessidade de alta dos juros.
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Na próxima sexta-feira (3) saem dados sobre criação de empregos no país que, juntamente com o comunicado do encontro do Fed, ajudarão a calibrar as apostas para os próximos passos sobre os juros na maior economia do mundo.
O dólar recuava ante a cesta de moedas e operava majoritariamente em queda ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno. Os investidores evitavam tomar posições importantes antes da divulgação de diversos dados econômicos e reuniões de política monetária dos bancos centrais nesta semana. Além do Fed, o Banco do Japão encerra reunião de dois dias amanhã (31) e espera-se que o Banco da Inglaterra aumente as taxas de juros na quinta-feira (2). Internamente, a agenda também estava mais tranquila, com destaque para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira, para o qual não se espera alteração da Selic dos atuais 6,50% ao ano.
Desta forma, os investidores continuavam de olho no cenário político local, nesta reta final de coligações dos partidos com vistas às eleições presidenciais de outubro.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14.755 swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando integralmente o vencimento de US$ 14,023 bilhões de agosto.
Em setembro, vencem US$ 5,255 bilhões em swaps, segundo o BC.