A Cyrela reduziu a R$ 28 milhões o prejuízo líquido no segundo trimestre, marcando uma melhora em relação ao desempenho líquido negativo de R$ 141 milhões apurado um ano antes, conforme a construtora faturou mais e reduziu a linha de despesas.
LEIA MAIS: Vendas contratadas da Cyrela aumentam 40,3% no 2º tri
Na prévia operacional apresentada ao mercado em meados de julho, o grupo já havia antecipado um crescimento de 40,3% nas vendas contratadas e de 53,2% nos lançamentos de abril a junho sobre igual período de 2017.
No balanço de hoje (9), a Cyrela informa que a receita bruta total no segundo trimestre cresceu 11,2% sobre um ano antes e 41,7% ante o primeiro trimestre, para R$ 658 milhões, elevando o faturamento acumulado no primeiro trimestre a R$ 1,122 bilhão.
A construtora e incorporadora ainda cortou em 4,1% as despesas comerciais no trimestre encerrado em junho, para R$ 84 milhões, enquanto as gerais e administrativas recuaram 19,4% em relação ao segundo trimestre de 2017, também somando R$ 84 milhões.
Como resultado, a Cyrela teve uma geração de caixa positiva de R$ 181 milhões entre abril e junho, mais que o dobro dos R$ 84 milhões um ano atrás.
“A solidez da nossa posição de caixa nos deixa confortáveis com a estratégia da Cyrela de ajustar a sua estrutura de capital e potencializar o retorno ao acionista”, informou a empresa no material de divulgação do balanço.
VEJA TAMBÉM: Cyrela lança plataforma de financiamento
A companhia também reduziu em 51,8% o endividamento líquido, para R$ 831 milhões, ajustando a alavancagem medida pela relação de dívida líquida sobre patrimônio líquido a 14,4%, de 27,3% no segundo trimestre de 2017.
Apesar dos números melhores, a empresa avalia que ainda “não há sinais claros de retomada”, enquanto o debate eleitoral deve adicionar mais preocupações e cautela ao mercado.
Mesmo assim, a expectativa para os lançamentos no segundo semestre é otimista, após o fim do entrave jurídico sobre o Direito de Protocolo, que favorece a retomada de projetos de médio e alto padrão na cidade de São Paulo.
Em 2018, as ações da Cyrela acumulam queda de cerca de 4%, enquanto a rival Gafisa recuou mais de 40% desde o começo do ano.