O dólar encerrou o pregão de hoje (14) em queda ante o real, em um movimento de correção sintonizado com o exterior e após dois pregões de forte nervosismo diante da situação turca.
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O dólar recuou 0,78%, a R$ 3,8669 na venda, depois de subir 0,86% na véspera e acumular ganhos de mais de 4% na semana passada.
Na mínima do dia, a moeda marcou R$ 3,8593. O dólar futuro tinha baixa de cerca de cerca de 0,40%.
“Ainda que a retórica [entre Estados Unidos e Turquia] continue de agressão, os bastidores já operam para tentar solucionar diplomaticamente o problema”, escreveu o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.
Na véspera, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, reuniu-se com o embaixador da Turquia nos Estados Unidos para discutir a detenção do pastor norte-americano Andrew Brunson, informou a Casa Branca.
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O presidente Donald Trump está frustrado pelo fato de a Turquia não ter libertado Brunson, segundo a Casa Branca, que pressiona Ancara a libertá-lo após dois anos de detenção.
Ajudou a aliviar os mercados o anúncio do banco central turco, ao se comprometer a fornecer liquidez, e também do ministro das Finanças do país, Berat Albayrak, de que vai realizar uma teleconferência com investidores na quinta-feira (16), sua primeira desde que assumiu o cargo há quase dois meses.
O dólar recuava mais de 7% ante a lira nesta sessão, mas a moeda turca ainda acumulava mais de 40% de perdas neste ano, tendo atingido a baixa histórica de 7,24 ante o dólar na véspera.
Sobre uma cesta de moedas, o dólar passou a subir e chegou a atingir uma máxima em 13 meses, com operadores ampliando suas posições em Treasuries por preocupações sobre os desdobramentos da recente queda da lira turca.
O euro recuava ante o dólar, com os investidores vendendo a moeda diante de preocupações de bancos europeus à Turquia. A moeda norte-americana, no entanto, caía ante as moedas de países emergentes.
Na avaliação do ex-diretor do Banco Central e sócio da gestora Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, a onda de aversão ao risco global provocada pela Turquia não deve se tornar uma crise de países emergentes.
“O cerne da questão foi a guinada dramática na política econômica [da Turquia]”, afirmou, em entrevista à Reuters, acrescentando que, quanto menos dependente de questões externas, menos riscos de contágio um país emergente tem.
Internamente, os investidores se voltavam ao cenário eleitoral, nesta véspera do término do prazo para registro das candidaturas das chapas à Presidência da República.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 2,4 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.