A Polícia Federal prendeu hoje (16) o ex-presidente do Banco Prosper, Edson Figueiredo Menezes, por suspeita de pagamento de propina para a contratação da instituição financeira no leilão do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Berj) durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral, que está preso por comandar um esquema bilionário de corrupção na administração estadual.
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De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) também está sendo investigada pela mesma operação, uma vez que foi contratada pelo governo do RJ para elaborar uma consultoria no processo de leilão do Berj e depois fez pagamento de mais de R$ 3 milhões ao Prosper a título de prestação de serviço.
A operação foi deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, em mais um desdobramento do esquema de corrupção comandando por Cabral, que está preso desde novembro de 2016 e já foi condenado em diversas ações por corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes.
De acordo com um dos delatores do esquema, Cabral condicionou a realização do leilão do Berj e da folha de pagamento dos servidores do Estado à contratação do Prosper para recebimento de propina, o que foi confirmado, segundo o MPF, nas investigações envolvendo Menezes e a FGV.
“Em contrapartida, Edson Menezes realizou pagamentos ao grupo de Sérgio Cabral tanto em espécie quanto por meio da aquisição de vinhos de mais de US$ 1 mil no mercado internacional”, disse o MPF em comunicado sobre a operação, chamada Golias.
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O MPF também ressaltou vínculo de amizade de Menezes com o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman, que foi denunciado pelos procuradores por corrupção devido à suspeita de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Menezes chegou a ocupar a presidência do comitê organizador da Olimpíada após o afastamento de Nuzman em decorrência das investigações.
O Banco Prosper teve liquidação decretada pelo Banco Central em 2012. Em janeiro de 2016, o BC cessou a liquidação extrajudicial a que o banco havia sido submetido, passando a liquidação para a Justiça.
Não foi possível localizar representantes de Menezes para comentar o assunto. A FGV também não estava disponível imediatamente para entrevista.