O presidente italiano e o banco central do país alertaram hoje (29) que a dívida do país deve continuar sustentável, após o governo populista revelar planos para aumentar significativamente o déficit no próximo ano. Na noite de quinta-feira, os partidos governistas propuseram um déficit em 2019 equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), três vezes a meta do governo anterior. O anúncio sacudiu os mercados nesta sexta-feira, provocando uma liquidação de títulos e ações do setor bancário. A notícia ainda gerou confronto com a Comissão Europeia, que monitora e impõe regras fiscais para UE (União Europeia).
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O presidente italiano, Sergio Mattarella, dirigindo-se a um grupo no palácio presidencial em evento que marcou o 70º aniversário da Constituição, observou que a lei fundadora do Estado requer “orçamentos equilibrados e sustentabilidade da dívida”. “Isso é para proteger as economias de nossos cidadãos”, afirmou ele.
Um pouco depois, em uma conferência na região central da Itália, o presidente do banco central, Ignazio Visco, disse que a dívida do país, a maior entre as grandes economias da UE, equivalente a 131% do PIB, não deve ser elevada.
“A Itália precisa favorecer o investimento público e privado e conter e reduzir a dívida pública”, afirmou Visco, de acordo com a agência de notícias Ansa. A dívida deve ser “colocada ema trajetória de queda”, acrescentou ele.