O dólar terminou o dia (26) com queda firme e a R$ 3,65, menor valor em cinco meses, com os investidores otimistas com o desfecho eleitoral do domingo (28), acreditando na vitória de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT).
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Desta forma, o mercado minimizou não só a pesquisa Datafolha da véspera, que mostrou uma distância menor entre os dois candidatos, como também o cenário externo adverso nesta sessão.
A moeda norte-americana recuou 1,32%, a R$ 3,6546 na venda, menor valor desde os R$ 3,6483 de 24 de maio de 2018. Na semana, o dólar caiu 1,62% ante o real.
O dólar acumulou perdas ante o real pela sexta semana consecutiva, acumulando, no período, retração de 12,29%.
A sequência de seis quedas semanais se iguala à registrada entre 26 de junho e 4 de agosto de 2017, intervalo no qual a moeda norte-americana recuou 6,40% e é a maior sequência desde as nove semanas consecutivas de baixa, entre 19 de dezembro de 2016 a 17 de fevereiro de 2017, quando ficou 8,78% mais barato que o real.
Na mínima, a moeda foi a R$ 3,6442 e, na máxima, a R$ 3,7310. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1,50%.
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“O mercado olha que não dá tempo de Haddad tirar a quantidade de votos necessária para vencer”, comentou o economista-chefe do Banco Confidence, Robério Costa, ao destacar que a pesquisa Datafolha, entretanto, pesou negativamente no início do negócios, quando o dólar chegou a subir.
Os levantamentos XP/Ipespe e Crusoé/Empiricus/Paraná, também divulgados pela manhã, contudo, mostraram números melhores para Bolsonaro, levando uma reversão do movimento.
Segundo o Datafolha, a distância entre Bolsonaro e Haddad caiu 6% em uma semana, para 12%. Além disso, a rejeição a Bolsonaro variou para 44%, de 41%, enquanto a de Haddad oscilou para 52%, de 54%.
O levantamento XP/Ipespe manteve distância de 16% entre ambos, enquanto a Crusoé/Empiricus/Paraná também manteve praticamente inalterada a distância de 21%.
À tarde, o dólar renovou mínimas ante o real com alguns investidores zerando posições compradas antecipando o desfecho das urnas no domingo.
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No exterior, a alta do dólar também perdeu força ante as divisas de países emergentes e ajudou a aliviar a trajetória local. O ambiente de aversão ao risco, no entanto, predominou, com destaque para a nova sessão de forte queda das bolsas norte-americanas.
O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 7,315 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.