O dólar sobe hoje (9) ante o real, acompanhando o mercado externo depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reafirmou sua postura de política monetária na véspera (8).
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Às 10h19, a moeda norte-americana avançava 0,45%, a R$ 3,7549 na venda, depois de bater a máxima de R$ 3,7761, e a mínima de R$ 3,7492. O dólar futuro cedia 0,23%.
Ontem, o Federal Reserve manteve os juros entre 2% e 2,25%, afirmando que o “mercado de trabalho continuou a se fortalecer e a atividade econômica tem crescido em um ritmo forte”, deixando intacto seu plano de continuar a elevar juros gradualmente. Alta de juros nos EUA tendem a atrair para o país dinheiro hoje aplicado nos países emergentes.
“Neste panorama residem os temores de mercados emergentes e da China… O ciclo natural de liquidez se volta aos EUA com o aperto monetário e, ao financiar a maior economia global, ‘secam’ as opções aos outros países”, escreveu o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.
O dólar operava em alta ante a cesta de moedas e perto da máxima de 16 meses após o Fed. Também subia ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.
Depois das eleições parlamentares nos EUA do início da semana, quando os democratas conquistaram maioria na Câmara dos Deputados dos EUA, começou a crescer a avaliação de que os juros poderiam subir menos no país, já que o presidente Donald Trump teria mais dificuldades de implementar medidas, como por exemplo, novo corte de impostos, facilitando o controle da inflação pela autoridade monetária.
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Internamente, os investidores seguem ansiosos por novidades sobre a equipe de governo, sobretudo sobre o comando do Banco Central, e ainda sobre a reforma da Previdência.
Na véspera, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou que “não é o fim do mundo” aprovar a reforma da Previdência no ano que vem, lembrando que este é o prazo com que trabalha o mercado e salientando que o impacto da reforma nas contas públicas aumenta com o passar do tempo.
“A derrota do futuro governo com o aumento dos gastos [aprovação do aumento dos ministros do STF e do Rota 2030 com incentivos a montadoras] para os próximos anos mostrou que a nova cara técnica do futuro governo Bolsonaro precisa ter ‘malícia’ para negociar com o Congresso”, avaliou o chefe da mesa de renda fixa de uma corretora estrangeira.
Ele se referia ao aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal e à medida provisória que institui um novo regime tributário para o setor automotivo, o Rota 2030.
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O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 12,217 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.