O dólar terminou o dia (8) praticamente estável ante o real, à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve e de novidades sobre a equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro e a reforma da Previdência.
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A moeda recuou 0,03%, a R$ 3,7382 na venda, depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,7167 e a máxima de R$ 3,7647. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,15%. O movimento era de alta ante a cesta de moedas nesta sessão e também ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e a lira turca.
Internamente, os investidores continuaram acompanhando o noticiário político, à espera de novidades sobre a reforma da previdência e também sobre a formação do novo governo.
A notícia de que o governo poderá promover alterações na previdência por meio de mudanças infraconstitucionais, ou seja, sem a necessidade do alto quórum no Congresso para emendas à Constituição, teve uma leitura positiva pelos agentes.
“O presidente Michel Temer deveria ter feito isso há muito tempo. As medidas infraconstitucionais não dependem de maioria”, avaliou Faria Júnior, para quem essa notícia juntamente com a aprovação da urgência para cessão onerosa ajudam a aliviar a pressão no dólar.
Ontem (7), os senadores aprovaram requerimento que confere regime de urgência para projeto de lei que promete viabilizar a realização de um mega leilão de áreas para a produção de petróleo do pré-sal.
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Por outro lado, também aprovaram reajuste de 16,38% para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com impacto bilionário nas contas públicas.
O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,4 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.