O Ibovespa caiu hoje (13), puxado pelas ações da Petrobras, em meio ao tombo nos preços do petróleo no mercado externo, enquanto agentes financeiros seguem aguardando sinais mais claros sobre os planos econômicos do novo governo.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,71%, a 84.914,11 pontos, menor fechamento desde 29 de outubro. O giro financeiro da sessão somou R$ 13,769 bilhões.
No exterior, o petróleo tipo brent recuou 6,63%, a US$ 65,47 o barril e o contrato WTI caiu 7,07%, a US$ 55,69, por receios de enfraquecimento da demanda global e excesso de oferta.
Além do efeito do petróleo, profissionais da área de renda variável citaram que investidores estão mais cautelosos em razão de dúvidas sobre a evolução das reformas sob o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, principalmente na da previdência, preferindo aguardar definições mais efetivas.
Na visão do analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, embora de certa forma previsível, dado que se trata de governo de transição e de um Congresso bastante dividido, dificuldades nas negociações tendem a trazer desconforto. “E, na dúvida, muitos investidores preferem vender ações para embolsar lucros”, disse.
A equipe do BTG Pactual observou que “os investidores estrangeiros continuam bem retraídos e aguardando novas definições do novo governo com respeito a reformas”, conforme nota a clientes, na qual cita que não vê apetite por ativos de risco, como os de renda variável.
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Dados até o dia 9 de novembro mostram saída líquida de R$ 1,2 bilhão de capital externo do segmento Bovespa, com o dado acumulado no ano superando R$ 7 bilhões.
Em comentário sobre o desempenho de seus fundos em outubro nesta semana, a equipe da SPX Capital afirmou acreditar que o mercado está correto ao dar o benefício da dúvida que as boas ideias do novo super ministro da economia encontrarão eco dentro da heterogênea equipe de governo.
Contudo, diz esperar relevantes dificuldades de implementação, diante da expectativa de um novo modelo de relação com o Congresso, distanciando-se do presidencialismo de coalizão, que foi a regra nas últimas décadas.
DESTAQUES
– PETROBRAS PN caiu 4,3%, na esteira da queda expressiva do petróleo no exterior, enquanto investidores também seguem na expectativa pela votação no Senado do projeto que trata da cessão onerosa, cujo contrato deu à companhia o direito de explorar até 5 bilhões de barris de óleo equivalente no pré-sal. PETROBRAS ON recuou 4,61%;
– TIM recuou 4,55% após a demissão do presidente-executivo da sua controladora Telecom Italia, Amos Genish. Analistas do Itaú BBA citaram que o executivo tinha profundo conhecimento sobre o setor no Brasil, enquanto outro analista, que pediu para não ter o nome citado, avaliou que mudança pode adiar alguma fusão ou aquisição envolvendo a operadora brasileira de telefonia;
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– BRASKEM cedeu 2,93%, apesar do resultado trimestral considerado sólido por analistas. Em encontro com investidores, o presidente-executivo da petroquímica, Fernando Musa, disse que é preciso ter cautela sobre o próximo ano, diante da volatilidade causada pela guerra comercial iniciada pelos EUA contra a China;
– BRADESCO PN perdeu 1,8%, em dia ruim dos bancos na bolsa paulista. ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,37%, BANCO DO BRASIL recuou 1,14% e SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 1,45%;
– VALE subiu 2,59%, apesar da queda do minério de ferro e da piora das ações de mineradoras na Europa, ensaiando recuperação após recuar quase 5% na semana passada. Mas papéis de siderúrgicas foram na mão contrária, com USIMINAS PNA recuando 2,99%;
– SUZANO fechou em alta de 6,17%, com o fortalecimento do dólar endossando uma recuperação dos papéis da fabricante de papel e celulose, que recuaram na semana passada mais de 7%, após ter encerrado outubro com declínio superior a 20%. No ano, porém, os papéis ainda acumulam alta de cerca de 95%;
– BR DISTRIBUIDORA encerrou em alta de 5,49%, tendo disparado 8,5% no melhor momento, após comentário do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, que sinaliza para a privatização da empresa, que é controlada pela Petrobras;
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– SANTOS BRASIL saltou 8,57%, maior alta do índice Small Caps, após resultado do terceiro trimestre, com lucro líquido de R$ 9,1 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1 milhão um ano antes, e anúncio de que prorrogou acordo de prestação de serviços de operação portuária de contêineres com o Maersk Group até 2021.