A Kroton Educacional registrou uma queda de 16,9% no lucro líquido ajustado do terceiro trimestre ante igual período de 2017, para R$ 440,4 milhões, pressionada pelo aumento dos níveis de depreciação derivado dos investimentos maiores, bem como por queda na receita e despesas mais altas.
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Sem considerar itens não recorrentes, a amortização do intangível e efeito líquido da emissão de debêntures, o lucro líquido caiu 22,9%, para R$ 347,8 milhões no terceiro trimestre na comparação anual, de acordo com balanço divulgado hoje (9).
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recuou 7,2%, para R$ 535,4 milhões. Sem ajustes, o Ebitda caiu 13,4%, para R$ 471,2 milhões.
“A redução de rentabilidade verificada neste ano é consequência das pressões oriundas da mudança no perfil dos alunos na base, com um maior nível de provisionamento para suportar os produtos de parcelamento, além da manutenção de um ambiente econômico desafiador e do aumento de custos e despesas referentes às novas unidades”, informou a Kroton no balanço.
Mesmo assim, o maior grupo de ensino superior do país reforçou a expectativa de que o resultado do ano ficará em linha com as previsões (guidance).
As despesas operacionais cresceram 4,4%, para R$ 145,3 milhões, com movimento puxado pelo aumento de 9,7% nas despesas com pessoal.
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Entre julho e setembro, a empresa conseguiu reduzir os gastos para provisão de créditos de liquidação duvidosa, que tinha afetado negativamente o resultado do segundo trimestre, em 6,3% ano a ano e em 15,2% na comparação trimestral.
A receita líquida somou R$ 1,25 bilhão, queda de 5,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e de 18% sobre o segundo trimestre, refletindo venda de ativos, redução no número de alunos e maior pressão do tíquete de entrada.
A empresa destacou que, “apesar das dificuldades econômicas e do cenário concorrencial bastante desafiador”, conseguiu um resultado “bastante sólido” na captação do segundo semestre de 2018, tanto no segmento presencial quanto no ensino à distância (EAD).
Conforme adiantado em meados de outubro, a Kroton adicionou 183,3 mil novos alunos de graduação presencial e EAD, um avanço de 2,6% na comparação anual. Apesar disso, a base total de alunos encolheu 2,8% ao fim de setembro ante igual período de 2017, para 871.243, após queda de 4,2% nas rematrículas, alta de 8,3% nas formaturas do primeiro semestre e evasão maior no EAD.
A Kroton elevou em 9,7% os investimentos no terceiro trimestre, para R$ 121 milhões, dos quais 35% foram destinados a obras e benfeitorias e 39% ao desenvolvimento de conteúdo, sistemas e licenças de software.
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O resultado financeiro foi positivo em R$ 5,4 milhões entre julho e setembro, queda de 77,8% ante o mesmo trimestre do ano anterior.