O dólar operava com leve baixa e se reaproximando dos R$ 3,85 nesta manhã (20), de olho no desempenho no mercado internacional e após o Banco Central anunciar mais uma intervenção no mercado cambial, um dia depois de o Federal Reserve frustrar as expectativas com uma postura mais “dovish” (brando).
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Às 10:20, a moeda norte-americana recuava 0,62%, a R$ 3,8488 na venda, depois de terminar a sessão anterior em queda de 0,73%, a R$ 3,8727. Na mínima, a moeda foi a R$ 3,8448. O dólar futuro tinha queda de 1,35.
Na véspera, o banco central dos Estados Unidos elevou a taxa de juros pela quarta vez este ano como esperado, e disse que “mais algumas” altas serão necessárias no ano à frente, projetando dois aumentos no próximo ano em vez dos três que via em setembro.
Mas a ligeira revisão não foi suficiente para aliviar os temores dos mercados sobre uma desaceleração econômica nos EUA em meio às tensões comerciais, ao enfraquecimento do impulso dado pelos cortes tributários e ao aperto das condições monetárias para as empresas.
“A preocupação do mercado é que o aumento de juros nos EUA traga mais força para uma possível recessão entre o fim de 2019 e 2020”, disse a assessoria de investimentos Criteria Investimentos em relatório.
“Não se pode dizer que o Fed tenha sido ‘hawkish’ (radical), já que reduziu para dois os ajustes previstos para o próximo ano. Mas foi menos ‘dovish’ do que Wall Street esperava”, acrescentou.
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O dólar operava em baixa ante a cesta de moedas diante das preocupações com a economia dos EUA. O movimento também era visto ante divisas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Internamente, a nova atuação do Banco Central no mercado cambial ajudava também a segurar o dólar em baixa.
A autoridade anunciou para esta sessão mais um leilão de linha – venda com compromisso de recompra – no total de US$ 1 bilhão. O objetivo é dar liquidez ao mercado. Este é o quarto leilão deste tipo apenas em dezembro, sendo que a autoridade já havia feito dois outros no final de novembro, quando também promoveu um leilão para rolar os contratos de linha que venciam no início de dezembro.
O BC também promove nesta sessão leilão de até 13,83 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de janeiro, no total de US$ 10,373 bilhões. Se mantiver essa oferta até amanhã (21) e vendê-la integralmente, terá concluído a rolagem do mês que vem.
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