O dólar terminou o dia (15) em alta, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana no mercado internacional, em dia de expectativa pela votação do Brexit no Parlamento do Reino Unido e tendo como pano de fundo a cautela sobre a guerra comercial Estados Unidos e China.
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A moeda avançou 0,71%, a R$ 3,7253 na venda, depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,6947 e a máxima de R$ 3,7285. O dólar futuro subia 0,76%.
“Hoje o foco total está na votação do Brexit pelo Parlamento britânico, com grande possibilidade de ser rejeitado”, disse a corretora Modalmais.
“[Uma rejeição] obrigaria o governo a mostrar um plano B dentro de três sessões. O que poderia provocar novo plebiscito e ainda um voto de desconfiança para Theresa May, primeira-ministra. Ou seja, poderemos ter grande alvoroço”, completou.
A votação do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia pelo Parlamento britânico estava prevista para começar no fim da tarde de hoje (no horário de Brasília) e há a perspectiva de que a proposta costurada pela primeira-ministra Theresa May seja derrubada.
May voltou a defender seu acordo nesta tarde lembrando que não há proposta alternativa e que um segundo referendo sobre o Brexit levaria a mais divisão.
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A libra caía ante o dólar, à espera da votação, da mesma forma que o euro, após dados mostrarem que a economia da Alemanha desacelerou em 2018, em meio aos temores de desaceleração econômica também na Europa.
O dólar, assim, subia ante a cesta de moedas, movimento também influenciado pelas preocupações sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, depois que o senador republicano Chuck Grassley disse que o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, não viu muito progresso em questões estruturais durante as negociações comerciais com a China na semana passada.
A notícia de certa forma neutralizou a informação de mais cedo de que a China sinalizou mais medidas de estímulo para amparar a sua economia em meio ao risco de uma desaceleração mais acentuada após ter entrado em uma disputa comercial com os EUA.
Do lado doméstico, os investidores estavam na expectativa das medidas de ajuste fiscal, sobretudo a proposta de reforma da Previdência.
Desta forma, acabou gerando alguma pressão adicional sobre o câmbio a informação de que o presidente Jair Bolsonaro só deve bater o martelo sobre a proposta de reforma da Previdência de sua equipe econômica depois que voltar de viagem de Davos, no final do mês.
O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 6,70 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.