O dólar registra alta ante o real na manhã de hoje (14) com a desaceleração econômica global em evidência após mais uma rodada de indicadores fracos na China, enquanto os investidores aguardam a proposta de reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro.
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Às 10h09, a moeda norte-americana avançava 0,48%, a R$ 3,7325 na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,15%, a R$ 3,7145. O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,50%.
As exportações da China caíram inesperadamente pelo ritmo mais forte em dois anos em dezembro, enquanto as importações também contraíram, indicando mais fraqueza na segunda maior economia em 2019 e deterioração da demanda global.
“A China pode ter esfriado além do esperado, apesar das medidas de estímulo do governo”, afirmou a corretora XP Investimentos, lembrando ainda que o superávit maior com os EUA “poderia levar Trump a aumentar a pressão sobre Pequim”.
As exportações da China em dezembro caíram 4,4% na comparação com o ano anterior, e as importações encolheram 7,6%, em seu maior declínio desde julho de 2016. Além disso, o superávit da China com os EUA aumentou no ano passado em 17,2%, para US$ 323,32 bilhões, o mais elevado já registrado desde 2006.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse que a China buscará um bom começo para a economia no primeiro trimestre e estabelecerá condições favoráveis para atingir os principais objetivos de 2019. Disse ainda que Pequim não recorrerá a um “estímulo excessivo” e manterá o crescimento geral dentro de um intervalo razoável, informou a televisão estatal nesta segunda-feira.
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Em meio às preocupações sobre a desaceleração global, sem que EUA e China ainda tenham anunciado um acordo formal encerrando a guerra comercial entre os dois países, o dólar exibia leve baixa ante a cesta de moedas e subia ante as divisas de países emergentes, como o peso chileno.
Internamente, as atenções dos investidores estão voltadas a novidades sobre a proposta de reforma da Previdência, um dos principais pilares do ajuste fiscal esperado pelo mercado.
Espera-se que o governo apresente uma proposta mais dura. Segundo o jornal “Valor Econômico”, o governo quer economizar até R$ 1 trilhão com esta reforma em 10 anos, valor superior à economia da proposta do ex-presidente Michel Temer.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 13,398 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.