O dólar sobe ante o real no pregão de hoje (14), com o mercado aguardando uma provável decisão do presidente Jair Bolsonaro sobre a reforma da Previdência.
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Às 10h30, a moeda norte-americana avançava 0,51%, a R$ 3,7720 na venda, após avançar 1,05%, a R$ 3,7527 ontem (13). O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,4%.
De volta a Brasília após quase duas semanas de internação, Bolsonaro se reúne às 15h com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Em entrevista à TV Record ontem, o presidente disse que decidirá hoje qual será a proposta de reforma a ser enviada ao Congresso Nacional, explicando que a grande dúvida é sobre a idade mínima.
“Na visão da equipe econômica a proposta deve ser mais consistente, já na outra ponta, a política, a opção mais provável é a escolha por uma reforma mais suave. Os mercados devem ficar mais confortáveis caso a equipe econômica seja a vencedora nesse cabo de guerra, ou que um plano viável seja apresentado”, afirmou o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello em nota.
Também na véspera, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a proposta deve ser submetida ao Congresso antes do Carnaval, na primeira semana de março, mas não descartou enviá-la na próxima semana se estiver “tudo pronto e maduro”.
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Uma eventual decisão de Bolsonaro nesta quinta-feira não deve ser suficiente para amenizar a ansiedade e cessar a volatilidade que permeia o mercado com relação à Previdência, uma vez que ainda há uma preocupação sobre o tempo da tramitação, avaliou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.
“O embate a nível de Congresso será muito forte. Primeiro vai ter que tramitar por todas as comissões, o que demanda tempo. Depois vai ter, naturalmente, um embate corporativista, um embate ideológico”, afirmou.
A falta de perspectiva quanto ao desenho final da reforma, o que inclui as modificações que o texto sofrerá no Congresso, desencoraja o investidor estrangeiro, o que, por sua vez, resulta em um fluxo baixo para o período, ponderou Nehme.
No exterior, após encontros entre autoridades do segundo escalão ao longo da semana, nesta quinta-feira começaram as negociações de mais alto nível entre chineses e norte-americanos, depois de a “Bloomberg” ter noticiado que o presidente norte-americano, Donald Trump, está avaliando adiar o prazo para aumento de tarifas em 60 dias.
O Banco Central realiza nesta quarta-feira leilão de até 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de março, no total de US$ 9,811 bilhões.